terça-feira, 31 de março de 2009

PORREIRO, PÁ




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Disse ele:

«Jobs are our first priority».

Não vale a pena traduzir. Os portugueses sabem disso há mais de quatro anos.


E A CARAVANA PASSA


"Cavaco, faz opção de classe!"
João Pinto e Castro
No Verão de 75, o PCP mobilizava a Cintura Industrial de Lisboa; agora, a oposição aposta tudo na Cintura Judicial de Lisboa.
Os sindicatos dos juízes e dos magistrados do Ministério Público são o último reduto do proletariado revolucionário.
Blogue 'Jugular'

segunda-feira, 30 de março de 2009

CRISES E OPORTUNIDADES


Confissões de um propagandista desajeitado:
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«O DN acompanhou o ministro da economia num périplo de quatro dias por mais de 15 fábricas. Manuel Pinho distribuiu beijinhos, cumprimentou trabalhadores e nunca deixou de ouvir os pedidos dos empresários. "Se as eleições fossem só aqui, nem era preciso fazê-las. Eu ganhava com 80% dos votos", garante.»

domingo, 29 de março de 2009

BUZINÃO II


«O espectáculo "Crioulo, uma ópera cabo-verdiana", com direcção artística de António Tavares e música e libreto de Vasco Martins, começou ontem à noite com meia hora de atraso no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém (CCB). Com a sala esgotada, o primeiro-ministro José Sócrates e os seus convidados, que se sentaram no camarote VIP do CCB, entraram na sala às 21h30. O primeiro-ministro foi vaiado ao chegar à sala.»
Público

DE OUTROS



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António Barreto
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Público

sábado, 28 de março de 2009

TU QUERES É LULAS


É tão absurdo classificar os banqueiros em função das cores do cabelo e dos olhos, como absurdo seria condicionar os beneficiários do 'mensalão' à cor da pele ou ao número de dedos.
O dinheiro não tem preconceitos raciais.

CONHECIMENTO DO INFERNO




Bom dia.
Este é o blogue 'A Dita e o Balde' e eu não sou a Manuela Moura Guedes.
Notícia do dia:
Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado.

sexta-feira, 27 de março de 2009

UM IMENSO ADEUS


«- Mas o Governo não será obrigado por vezes, para bem da Nação, a governar contra a opinião pública? Não terá razão Eugénio d'Ors quando define e proclama a necessidade, em certas épocas históricas, da política de missão, aquela que procura salvar o povo contra si próprio?
- Sem dúvida - concorda Salazar -. Sobretudo quando se trata da falsa opinião pública, duma opinião pública levianamente formada, ocasional, caprichosa, filha de interesses momentâneos. A disciplina financeira que foi necessário impor no começo da ditadura pode servir-nos, ao mesmo tempo, para demonstrar a necessidade de ter o acordo da opinião pública e a necessidade de ir contra ela. Sem uma opinião pública superior não se poderia ter, certamente, equilibrado o orçamento, porque os sacrifícios pedidos, exigidos, foram grandes; mas, quantas vezes, não foi preciso evitá-la, contrariá-la nesta ou naquela medida mais violenta! Sobretudo, os governos nunca se devem escravizar à opinião das massas, sempre inferior e muito diferente da opinião pública da Nação. Em resumo, a opinião pública é indispensável ao governo dos povos, constitui, por vezes, um grande estimulante, mas nunca se pode perder, a bem da sua própria saúde, o controlo da sua formação.»

DE OUTROS


«Como se fosse possível dissociar a Eduarda Maio que é responsável numa estação do Estado (e do Governo) da Eduarda Maio que faz um anúncio contra os adversários do governo e da Eduarda Maio que fez um livro de pura propaganda do chefe do governo. O mais grave de tudo? Isto ter sido possível num regime democrático e ter como protagonistas jornalistas, ex-jornalistas, publicitários que deveriam ser cuidadosos e dirigentes empresariais que costumam ter cuidado com as matérias políticas. E foi possível devido ao ambiente de sufoco das liberdades, de acção continuada e extensíssima de uma central de propaganda do governo, e à cumplicidade, anestesia, medo ou complacência da classe jornalística nos media dos Estado. Só após quatro anos de um governo inimigo da imprensa livre e fautor da mais massiva propaganda do pós 25 de Abril, um anúncio destes pôde chegar à TV do Estado. Uma coisa assim não acontecia desde 1975. É uma lição sobre o ponto a que pode chegar, numa democracia, a propaganda e a “engenharia das almas” do tipo fascista.»
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Eduardo Cintra Torres
(Jornal de Negócios)

quinta-feira, 26 de março de 2009

JMFRP


Vi, ontem, o episódio de 'A Guerra' que me mostrou a vida e a morte no inferno de Madina do Boé. E, de repente, compreendi melhor aquele meu amigo que, durante dezenas de anos, me disse a frase que, estupidamente, sempre considerei excessiva: «Eu morri em Madina do Boé».
Gostava de poder dizer-lhe isto mesmo, mas agora é tarde. Num Outubro recente, mergulhou no rio Corubal e nunca mais foi visto.
Um dia, hei-de escrever o nome dele no memorial de Belém, ao lado dos dez mil que lá estão.
Prometo.
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PM

quarta-feira, 25 de março de 2009

PRÉMIO BALDE


«Eu limitei-me a dizer que as câmaras de gás foram um detalhe da história da II Guerra Mundial.»
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Jean-Marie Le Pen
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SAEM SEIS MILHÕES DE BALDES PARA O SR. LE PEN!!!

IMPRENSA COR-DE-ROSA


Então, meninas, este gajo malandreco que tenta apalpar a perninha da francesa não vos faz lembrar o actor Diogo Morgado?
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(Fotografia retirada de um programa de «apanhados» da SIC)

OS AMBIENTES



A minha condição de anti-salazarista primário, secundário e terciário nunca me levará a afirmar que o 'Botas' andou por aí a apreender livros, a torturar presos políticos, a matar pretos na guerra colonial, a dar tiros em Humberto Delgado.

Não. A execução desses trabalhinhos mais ou menos sujos estava a cargo de subalternos zelosos, muitas vezes gente anónima, que, além da promoçãozinha, a pouco mais aspirava.

O senhor presidente do conselho limitava-se a criar o ambiente para os deixar trabalhar. Simples.
De igual modo, e apesar da minha condição de anti-socratista primário, secundário e terciário (não gosto, definitivamente, não gosto de produtos filhos do cruzamento do 'Plástico' com a 'Plástica') nunca direi que o mais ilustre filho de Vilar de Maçada executou ou, sequer, ordenou os processos disciplinares da DREN, as visitas policiais aos sindicatos, a apreensão de livros, em Braga, os textos da publicidade da 'Antena 1'.
Não. Esses trabalhinhos continuam reservados para gentinha subalterna, zelosa, como sempre, impaciente, às vezes, que mais não quer do que um lugarzinho de chefia, uma presidência de junta, uma vereação, uma deputação.
O senhor presidente do conselho limita-se a criar o ambiente para os deixar trabalhar. E a mais não é obrigado. Simples.
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PM

E A CARAVANA PASSA


«A liberdade da imprensa mede-se pela quantidade de vitupérios que se dizem contra o governo, o PS e Sócrates, em particular, atingindo e levando por arrasto tudo o que se lhe chegue, ainda que de leve. Estranha concepção de democracia.»

Sofia Loureiros dos Santos
Blogue 'Defender o Quadrado'

DE OUTROS



«Para já não falar da atonia e da desorientação que têm marcado áreas tão vitais como as do livro e da leitura, do cinema e do audiovisual, em que não se vislumbram, ao nível da tutela do sector, quaisquer opções, orientações ou políticas. A política cultural tornou-se assim cada vez mais invisível, ilegível e incompreensível, ameaçando fazer, dos anos 2005/09, uma legislatura perdida para a cultura.
Este facto tornou-se ainda mais sério porque foi acompanhado por um conjunto de decisões imprudentes e mal preparadas, que rapidamente exibiram as suas múltiplas consequências negativas. Basta olhar, para o compreender, para as condições - que desafiam o sentido de interesse público - de cedência do CCB para a instalação da Colecção Berardo. Ou para a decisão de construir um inútil novo Museu dos Coches, ao mesmo tempo que os museus nacionais sobrevivem em condições dramáticas e são objecto de um garrote orçamental que, só em 2008, os privou de 72% das suas verbas de funcionamento, deixando-os à beira do colapso. Ou para a reforma da administração do sector (o Prace/cultura) que, feita sem o necessário conhecimento, estudo e ponderação, deu origem a estruturas mais burocráticas, mais ineficazes e mais dispendiosas, com con- sequências que - ao contrário do que se pretendia - na maior parte dos casos se revelaram contraproducentes, e em alguns se revelaram mesmo catastróficas, como aconteceu em várias áreas do património.»
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Manuel Maria Carrilho
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Diário de Notícias

UM IMENSO ADEUS


«Nas zonas selvagens do Illinois, entre a erva densa e alta e os vestígios deixados pelos veados, ecoa o uivar dos lobos. Antigos predadores escondem-se na noite escura para agredir as suas presas ou para fugir a quem os persegue. Não são as cintilantes luzes de Chicago, é antes qualquer coisa de primordial, qualquer coisa que resistiu quase imutável durante milhares de anos. Uma caça que nunca mais acaba. Uma caça na qual, de um momento para o outro, o caçador se pode transformar em presa. Aninhada no coração deste caos calmo fica a pequena cidade de Tuscola, onde habitam criaturas obscuras que lutam para sobreviver à antiga batalha.
Estão a ver aquelas coisas que se começam sabendo que se vai ser interrompido brevemente? E depois afinal não se é interrompido? E então continua-se, e a coisa começa a tornar-se interessante? Ora bem, foi o que me aconteceu a mim.
Acabo de apurar que há na net 2180 sites que mencionam «quiet chaos». Tentei abrir alguns, mas eram todos demasiado pesados e o meu telemóvel não conseguia. O único que consegui abrir foi este, e agora tenho uma definição de caos calmo: uma caça que nunca mais acaba, uma caça na qual de um momento para o outro, o caçador se pode transformar em presa. O que é que isto tem a ver com a minha vida? Pode ser interessante reflectir sobre esta questão. Mas primeiro pode ser interessante reflectir sobre a maneira como vim aqui ter.»

terça-feira, 24 de março de 2009

PRÉMIO BALDE


«Marquei pénalti por intuição»
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Lucílio Baptista
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SAI UM BALDE PARA O SR: ÁRBITRO!!!

DÚVIDAS FRONTEIRIÇAS


O Sr. Licenciado em Engenharia Pela Universidade Independente, José Sócrates, acompanhado por aquele ministro que sempre me faz lembrar o Simpson (pai), esteve, ontem, na empresa 'Energie' numa acção de propaganda a favor da energia solar.
Acontece que há por aí uns especialistas na matéria que dizem tratar-se de um embuste, dado que a empresa não fabrica painéis solares térmicos, mas bombas de calor accionadas a electricidade com apoio secundário em energia solar.
E, assim, lá ficamos nós, em questões de 'Ambiente', com mais uma dúvida existencial - a de saber onde fica essa linha imaginária e flexível, a que damos o nome de fronteira, entre o 'Amor' e o 'Interesse'.
Haja alguém que me esclareça porque a minha ZPE (Zona de Preocupações Existenciais - nada de confusões!) está a ficar saturada.
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PM

segunda-feira, 23 de março de 2009

«OS APANHADOS»


Estava eu sentado diante da pantalha, à espera que Silva Lopes respondesse às perguntas de Mário Crespo, como estava anunciado, e eis que me aparece, em sua substituição, o programa de «apanhados» «NÃO HÁ CRISE!».
Bom, de facto, se não há crise, não há razão para ouvir Silva Lopes. Mas, mesmo assim, senti-me «apanhado».
De qualquer modo, já ouvi dizer que os «shares» e os balanços da SIC estão em crise. Provavelmente, é porque há cada vez mais tele-espectadores que não gostam de ser «apanhados».

VELHOS CONTOS


Adoro a linguagem daqueles rapazinhos das agências financeiras. Sobretudo, quando anunciam que «os mercados trepam».
Dizem-no com o ar feliz de quem não sabe que foi «a trepar, a trepar» que os «mercados» sodomizaram os «investidores», em particular, e os contribuintes, em geral.
Coitados, talvez nunca tenham ouvido falar de brancas, costas, rendeiros, madoffes...

MODA EM ISRAEL




Qualquer aprendiz de neocon sabe isto: com um tiro matar um palestiniano, é eficiência; com um tiro matar dois palestinianos, é eficácia.

MODERNICES


Como forma de protesto, não como caviar desde que a santa aliança da III Internacional (stalinista) com a IV Internacional (trotskista), na sua última Convenção, afastou da ribalta política a facção afecta à V Internacional (barbienista).
Hoje, na minha actividade zappinesca, descobri que a Joana Amaral Dias, que sempre deu voz e rosto à tendência barbienista, resiste e é comentadora no programa da escritora Fátima Lopes, na SIC.
E fiquei tão contente que decidi pôr termo ao meu supracitado jejum. E mais: vou comemorar esta extraordinária aparição com um valente charro.
(Como podem ver, estou a ficar modernaço. Qualquer dia apareço com uns brincos da Barbie).
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PM

domingo, 22 de março de 2009




"É um camaleão, é um tipo influenciável que tem estado sempre ao serviço dos grandes".

.Daniel Cohn-Bendit

(Expresso)

DE OUTROS


«Eu tenho pena que um mentecapto qualquer que tenha sido formado em gestão depois venha para uma editora dizer que é preciso maximizar não sei o quê e que saem três escritores e entram dois... a Caminho não é o Chelsea, a Dom Quixote não é o Barcelona, portanto, o dever das editoras é editar livros, bem, fazendo com que eles cheguem a toda a parte. Quando se apaparica os escritores que vendem bem deixando cair os que vendem mal, o melhor talvez seja abrir uma garagem ou uma rulote de bifanas. Não é que seja crime, mas há uma diferença entre arte e entretenimento».
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MÁRIO GUERRA
(OS MEUS LIVROS)

OS CALABOTINOS INOCÊNCIOS


Recorda o «JN» que a pública lição de sapiência dada por Inocêncio Calabote, no estádio da Luz, sobre a «Plasticidade da ética» faz, hoje, cinquenta anos.
E longe estaria o homem - 'inocêncio' como era - de imaginar que o seu exemplo frutificaria e tornaria a 'West Coast' num país de calabotinos.
E, curiosamente, dizem-se todos 'inocêncios', como o original.
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Nota para os mais novos: Calabote, o Inocêncio, foi um distinto árbitro de futebol que deu à ética um toque moderno e neoliberal. Um precursor, portanto.

sábado, 21 de março de 2009

ESCOLA MASCARÓ


Nos primeiros anos da década de sessenta, 'mister' Mascaró chegou a Beja, directamente importado da Argentina, com a missão de levar o 'Desportivo' a altos voos no campeonato nacional da segunda divisão.
Com uma táctica revolucionária resumida na célebre frase: «Somos once contra once. El necesario es tener cojones», a equipa iniciou, então, a caminhada que a levaria aos 'distritais' onde, aliás, ainda se encontra.
Tantos anos depois, sempre que vejo o Benfica jogar com o esquema táctico «quiqueirada para a frente e fé em Deus» lembro-me do 'mister' Mascaró. Que será feito dele?
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PM

E A CARAVANA PASSA


«Adenda: igualmente lamentável é o aproveitamento político que alguns blogues (os do costume) estão a fazer da situação, "revelando", ao melhor estilo vocês-sabem-do-que-é-que-eu-estou-falar, que a locutora do spot (Eduarda Maio) é autora duma biografia do PM.»
Rogério da Costa Pereira
Blogue 'Jugular'

SÃO ROSAS (E LARANJAS), SENHOR


A procuradora Maria José Morgado anda intrigada com os titulares de cargos políticos «que quando iniciaram funções eram pobres e ao fim de uns anos estão milionários».
E não encontrou até agora uma explicação porque enveredou pelos caminhos da justiça quando deveria ter optado pelos caminhos da fé.
É simples: seguindo o exemplo de Isabel, a nossa santa rainha, há políticos que conseguem transformar rosas em euros ou laranjas em dólares.
Eureka! Milagres!
Agora, é só entregar os dossiês ao Cardeal Saraiva Martins, autoridade de reputação mundial em matéria de beatos e santos, e o tempo se encarregará de confirmar as minhas conclusões. Sem pressas porque os processos de santificação não têm prazos de prescrição - ainda há dias, uns titulares de cargos políticos se congratularam com a promoção a santo do beato Nuno Álvares Pereira.
Haja fé!
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PM

OS DIAS


























25 de Abril
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Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
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Sophia de Mello Breyner Andresen

21 DE MARÇO


Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado não sei.
De nada me serviria sabê-lo
Pois o cansaço ficaria na mesma,
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto -
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma tranquilidade lúcida
Do entendimento retrospectivo...
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E a luxúria muda de não ter já esperanças?
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Sou inteligente: eis tudo.
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Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto me dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
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ÁLVARO DE CAMPOS

sexta-feira, 20 de março de 2009

A ECLÉCTICA


A JORNALISTA:- Ó Rui, não vale a pena ir por aí, está cortada a rua.
O ACTOR:- Não acredito, outro acidente, Eduarda?
A SUB-DIRECTORA:- Não, é uma manifestação.
O ACTOR:- E desta vez é contra quê?
A FIGURANTE DE 'O JUIZ DECIDE':- Pelos visto é contra si, Rui.
O ACTOR:- Sim, contra mim.
A BIÓGRAFA DO MENINO DE OURO:- Pois, contra quem quer chegar a horas.
Bom, na impossibilidade de suspender a democracia, na impossibilidade de suspender as manifestações, não se podia, ao menos, suspender o spot publicitário?
PM

DE OUTROS


"Isso é uma boa notícia (...) Mas não são apenas os primeiros-ministros do Partido Popular Europeu que o apoiam. Há também primeiros-ministros socialistas que o apoiam, como é o meu caso, mas também é o caso do presidente (do governo espanhol, José Luís) Zapatero, o caso de (primeiro-ministro britânico) Gordon Brown".
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JOSÉ SÓCRATES

DE OUTROS



«Durão Barroso tem um estigma terrível: foi ele que preparou e foi o anfitrião da chamadaCimeira da Vergonha, que foi a Cimeira dos Açores, donde saiu a guerra do Iraque. E a guerra do Iraque foi uma linha de partilha que dividiu o Mundo. Se a Europa e o PPE o têm como expoente não vão muito longe com certeza».
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MÁRIO SOARES

quinta-feira, 19 de março de 2009

CUIDADO COM AS COMPANHIAS



Oh! Bob, meu filho, se não tens mais cuidado com as companhias, qualquer dia estás no «Clepto-Bar», na marginal de Luanda, a beber umas cervejolas com o porteiro do camarada Zédu.

CUIDADO COM A MATILHA


Há notícias que me causam inquietação. Esta, por exemplo: «Depois de terem morto uma criança de 10 anos, há três dias, a matilha faminta de Sícilia voltou a causar estragos, desta vez na vida de uma turista alemã que se encontrava a passear numa praia no sul da ilha.»
Temo que esta moda se instale por cá, como já se instalou uma outra também oriunda da Sicília.
E já vejo por aí uma matilha faminta, de pêlo eriçado, caninos afiados, a rosnar ameaçadoramente em tudo o que é televisão, rádio, jornal, blogosfera, tentando intimidar todos os que se atrevem a dizer que o maioral da quinta vai nu.
Temo o pior!
PM

quarta-feira, 18 de março de 2009

UM IMENSO ADEUS


«O director, que no ano seguinte não seria director por causa do escândalo Waterpré, fez abuso da palavra: O que queria dizer esse lema da revista: «O Comunismo será uma 'Aspirina' do tamanho do sol»? O socialismo seria, acaso, uma dor de cabeça? O que pretendia a companheira Ada Vélez com a sua crítica à peça sobre os presos políticos no Chile, destruir os esforços do grupo de teatro e a mensagem da peça? Por que razão todos, todos os poemas da revista eram de amor e não havia um único dedicado à obra da Revolução, à vida de um mártir, à pátria, em conclusão? Por que razão o conto do companheiro Conde era de tema religioso e evitava uma tomada de posição contra a Igreja e o seu ensino escolástico e retrógrado? E, sobretudo, disse, nós estávamos como se nos tivéssemos embebedado, e deteve-se diante da escanzelada Carmita, via-se que a pobre estava a tremer e todos eles assentiam com a cabeça, dizendo que sim, por que razão se publica um conto assinado pela companheira Carmen Sendán com o tema de uma rapariga que se suicida por amor? (e disse tema, não assunto). É essa a imagem que devemos dar da juventude cubana de hoje? É esse o exemplo que propomos em vez de destacarmos a pureza, a entrega, o espírito de sacrifício que deve primar nas novas gerações...?, e aí instalou-se a confusão total.»

AGORA E NA HORA DA SUA MORTE


Nos cinquenta anos da morte de António Botto, uma sugestão de leitura para uma hipotética tarde cultural no Tribunal de Monsanto:
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Nunca te foram ao cu,
nem nas perninhas, aposto!
Mas um homem como tu,
lavadinho, todo nu, gosto!
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Sem ter pentelho nenhum,
com certeza, não desgosto,
até gosto!
Mas... gosto mais de fedelhos.
Vou-lhes ao cu
dou-lhes conselhos,
enfim...gosto!
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ANTÓNIO BOTTO

DE OUTROS



“É um pouco abusivo, sobretudo redutor e, direi, fechado de horizonte, equacionar as coisas como se tratasse de uma grande manifestação de autómatos”

JOÃO CRAVINHO

«Não basta fazer uma viragem à esquerda no discurso político - que é, obviamente, importante e mesmo decisiva - para enfrentar a crise e a vencer. É preciso que o conhecimento da crise, nas suas causas e consequências, chegue às pessoas, aos trabalhadores desempregados, aos que estão desesperados com a falta de perspectivas e com os horizontes completamente fechados que se lhes apresentam e às suas famílias. Ouvi-los, repito, dar-lhes esperanças fundamentadas e mostrar-lhes como se lhes pode valer, a prazo. Se isso não ocorrer: mais diálogo, mais concertação social, mais ajudas concretas para tantos casos humanos dramáticos, tudo o resto que se diga ou faça - neste momento tão difícil - é completamente supérfluo e dispensável. Pondere-se nisto.»
MÁRIO SOARES

PRÉMIO BALDE



"Não se resolve o problema da sida com a distribuição de preservativos. Pelo contrário, o seu uso agrava o problema."
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SAI UM BALDE PARA SUA SANTIDADE!!!

terça-feira, 17 de março de 2009

CORREIAS DE TRANSMISSÃO


Foram os portugueses alertados por Sua Excelência o Presidente do Conselho para os perigos que correm ao deixarem-se manipular pela CGTP, uma central sindical ao serviço do PCP e do BE.
(As últimas 200 mil vítimas dessa manipulação desfilaram recentemente na Avenida da Liberdade e nem sempre demonstraram uma educação esmerada).
Felizmente, este senhor da fotografia, secretário-geral da UGT, não tem nada em comum com este senhor da fotografia que é dirigente do PS.
E quem se atrever a negar esta evidência está, pura e simplesmente, a alinhar na campanha negra do costume.

MUSEUS


PRÉMIO 'NORTE-SUL'


Na 'zona de intervenção da DREN', há uma escola dedicada à integração de um contentor de ciganos.
É tempo de o 'Conselho da Europa' reconhecer esta forma de diálogo inter-civilizações e atribuir à Moreira, a famigerada Margarida, o prémio 'Norte-Sul'. A senhora, 'pelas suas obras valerosas', bem merece figurar na galeria de notáveis distinguidos, ao lado de Jorge Sampaio e da rainha da Jordânia.
E, se necessário se tornar uma petição pública, aqui fica o primeiro signatário:
PM

domingo, 15 de março de 2009

DE OUTROS


« Si se trasladaran a España los cadáveres de Azaña y Machado y Cernuda y se les diera aquí rimbombante sepultura junto con el de García Lorca, se estaría blanqueando a sus verdugos. La gente olvidaría pronto su proveniencia, en estos tiempos desmemoriados que lo serán más cada día, y acabaría creyendo que siempre estuvieron aquí, venerados. A la larga no quedaría rastro de las iniquidades cometidas con ellos, y se los tendría por glorias permanentes e indiscutidas. No se recordaría que, lejos de eso, quienes ostentaron el nombre de España los persiguieron con ensañamiento o los expulsaron de aquí o los asesinaron. Que sigan en Montauban, Collioure, México y una fosa común granadina es, por el contrario, el mayor acto de justicia que puede hacerse con ellos. Y también con sus verdugos.»
JAVIER MARIAS
EL PAÍS

DE OUTROS



- Então, quais são as tuas novidades?, pergunto cortezmente ao caladíssimo coelhinho.

- Nenhumas.

- Nada?

- Nada.

- Mas qual é o teu comentário à situação?

- Zero. Nickles.

- Não lês jornais, meu lindo?

- Não.

- Não vês, pelo menos, televisão?

- Isso sim. Futebol. Também não é grande coisa. O melhor é não falar mais nisso. E não me desvie, chefe.

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Jorge Listopad (JL)

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IMPRENSA COMESTÍVEL


Nesta altura do campeonato, a minha fidelidade jornalística resume-se ao 'Expresso'. A compra pontual de outros jornais fica, normalmente, dependente de uma manchete, uma entrevista, uma reportagem, um artigo de opinião, uma crónica, coisas assim.
Mas, ontem, foi um pouco diferente. Comprei o 'Sol' e não foi para ler as colunas do director, do PSL, da Rebelo Pinto nem a engraxadela ao MPLA que vem no caderno de economia. Comprei para me deliciar com um excelente creme de legumes verdes da 'Knorr'. E acho a ideia tão interessante que deixo aqui uma sugestão ao arquitecto Saraiva: na próxima semana bem podia distribuir uma perdiz de escabeche (se possível, acompanhada por um copinho de 'Pias' tinto). Ia ver como aumentavam as vendas e a satisfação dos investidores angolanos. E fique descansado que não tem de me pagar esta minha colaboração. É oferta como o creme de legumes verdes.
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PM

PRÉMIO BALDE


«Jogámos muito pelas alas, tivemos mais posse de bola, chegámos muitas vezes perto da baliza do adversário, actuámos a toda a largura do campo, mas não conseguimos marcar. São acidentes que acontecem.»
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SAI UM BALDE PARA 'MISTER' QUIQUE!!!

OS MEUS CLUBES




























Eram estes os clubes lá de casa. Para além do vermelho das camisolas, não tinham mais nada em comum. Nem as razões da simpatia que eram variadas, como aqui explico:

O Desportivo de Beja era o clube da terra, fruto da fusão do Luso e do União, onde a geração anterior tinha mostrado as suas aptidões para o futebol e triplo salto.

O Despertar era o único clube federado do mundo que tinha um guarda-redes zarolho. Era o Libânio, filho da tia Zefa, tio do Zeca Vaca Peidosa e vizinho lá do bairro (e até defendia bem, desde que as bolas aparecessem do lado do olho que via).

O Salgueiros tinha emprestado o campo Vidal Pinheiro para um comício do general Norton de Matos e essas coisas, ao tempo, tinham a sua importância para o chefe da tribo.

O Benfica tinha por lema «Um por todos, todos por um» (em latim, para dar, talvez, um toque erudito) o que, trocado por miúdos, significava solidariedade, sentimento que, ainda hoje, se cultiva na família, apesar da moda neoliberal do «salve-se quem puder».

Ora bem, tantos anos depois, mantenho as minhas opções clubísticas, apesar de os três primeiros militarem humilde mas honradamente nos campeonatos distritais e o Benfica, a passos lentos mas firmes, se preparar para lhes fazer companhia (basta que continuem as contratações a peso de ouro de craques para jogarem 'playstation' na enfermaria, superiormente orientados por 'mister' Quique).

Juro: aconteça o que acontecer, continuarei no meu posto a gritar vivas ao 'Desportivo', ao 'Despertar', ao 'Salgueiros', ao 'Benfica' porque é na desgraça que a solidariedade mais se justifica.

Sou solidário!. Disse.

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PM