quarta-feira, 30 de novembro de 2016

LEMBRETE

O VERDADEIRO "PROBLEMA" DA CAIXA



Passos não exclui privatização da Caixa Geral de Depósitos


Passos Coelho não excluiu hoje no Parlamento a hipótese do Governo vir a privatizar a Caixa Geral de Depósitos.

Diário de Notícias
21 de setembro de 2012

SUGESTÃO


A PROPÓSITO DA VISITA DOS REIS DE ESPANHA


PARA A DOCÊNCIA É PRECISO DECÊNCIA

A Universidade de Genebra e o Instituto de Estudos Internacionais não renovaram o contrato do ex-Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que cessará no final do ano. Segundo o jornal suíço Le Temps, o vínculo de Barroso ao ao banco de investimento Goldman Sachs é o motivo para a decisão. O ex-primeiro-ministro português era professor convidado daquele prestigiado estabelecimento de ensino superior, onde também estudou e trabalhou nos anos 80. Desde maio de 2015 que ali dava aulas sobre políticas europeias.
DN

terça-feira, 29 de novembro de 2016

UMA JANELA PARA O UNIVERSO


Comentário semelhante, mas mais extenso, ao que fiz noutra página após
a visita guiada de um grupo informal, em que ontem participei, ao
arquivo e biblioteca de José Pacheco Pereira. "Um acervo
extraordinariamente vasto e diversificado, que tem requerido um
trabalho enorme, gosto pela pesquisa, muita paciência, tempo, saber -
e dinheiro investido em instalações, aquisição de espécies, viagens,
esforço para convencer quem o apoie na recolha e classificação de
livros, imprensa e outros materiais (espólios, cartazes, folhetos,
propaganda, publicidade, etc), e também quem se resolva a fazer
doações de documentos cuja importância nem sempre é logo evidente. Um
conjunto de enorme valor para investigadores e para a História. Não
conheço nada de comparável, sem objectivos comerciais, sem procurar
nem ter subsídios, sem sequer lhe ter sido possível constituir uma
fundação ou o contributo das existentes, que eu saiba. Mesmo passando
ali muitas horas, mesmo apenas quanto aos livros reunidos já
catalogados, digitalizados ou ainda não, fica-se com uma ideia geral e
superficial da tarefa feita ou a fazer. Algumas reportagens e
entrevistas sobre tudo aquilo não me permitiam antever a imensidade.
Quase não existe nenhum assunto que José Pacheco Pereira despreze
nessa missão gigantesca, quase impossível, e até talvez de uma certa
solidão, apesar de muitas dezenas de pessoas não remuneradas que o
auxiliam em buscas, recolha e transporte. Fez-me agora lembrar o que
alguns cineastas disseram de Henri Langlois: o dragão que guarda
muitos dos nossos tesouros (documentais, entenda-se). Parece um
exagero, mas não é, pois esse esforço não assenta em mecenas, em
organizações políticas ou em associações culturais. E Langlois dirigia
nada menos do que a Cinemateca Francesa, à qual o Estado não era
alheio. Não é preciso invocarmos aqui Jorge Luis Borges, Umberto Eco
ou Alberto Manguel a propósito deste tipo de janelas para o universo;
mesmo nós, visitantes comuns e meros cidadãos, ficamos espantados, no
melhor sentido do termo, com aquele sem-número de documentos
dispersos, mas não unicamente acumulados e sim em permanente
ordenamento e tratamento, por vários locais da tranquila vila da
Marmeleira (Rio Maior), em regra salvaguardados informaticamente e
cuja "work in progress" já começou a reflectir-se em edições e
exposições, e a propiciar outras. É a minha opinião, mas não só
minha. "


Francisco Belard
Facebook

SUGESTÃO



O diário de Prisão de Luaty Beirão, rapper e activista político acusado pelo regime angolano de «actos preparatórios de rebelião».Inclui prefácio do autor e longa entrevista conduzida por Carlos Vaz Marques. Quando Luaty Beirão e outros 16 activistas foram detidos em Luanda por estarem a ler o livro Da Ditadura à Democracia e por questionarem publicamente a liderança de José Eduardo dos Santos, o mundo assistiu e revoltou-se contra a demonstração de força gratuita do regime angolano. Na prisão de Calomboloca, exigindo ser julgado em liberdade e recusando sempre que a opinião seja considerada crime, o rapper e activista iniciou uma greve de fome que durou 36 dias e o deixou em perigo de vida. Enquanto as imagens do seu corpo cada vez mais fraco corriam mundo, Luaty foi escrevendo um diário. Agora, pela primeira vez, tornam-se públicas todas as páginas que conseguiu salvar dos seus cadernos, e é possível acompanhar o duro percurso de uma luta pela liberdade em pleno século xxi – a importância dos escassos banhos de sol, os truques para tomar banho e lavar roupa com apenas dois litros de água, as saudades da mulher e da filha, as frustrantes conversas com os do poder, as dúvidas, as rimas para cantar mais tarde e até os rituais de sobrevivência dos prisioneiros e os desenhos do presídio.

A PROPÓSITO DA VISITA DOS REIS DE ESPANHA

A "INFORMAÇÃO" DO SÉRGIO, DA SOUSA E DO CARVALHO


Para que conste: DIRECÇÃO DE INFORMAÇÃO DA TVI

DIRETOR DE INFORMAÇÃO

Sérgio Figueiredo 


 DIRETORES-ADJUNTOS DE INFORMAÇÃO

António Prata e Judite Sousa
 SUBDIRETORES DE INFORMAÇÃO
Luís Salvador e Pedro Pinto

 PRESIDENTE COMITÉ EDITORIAL

José Alberto Carvalho

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A PROPÓSITO DA VISITA DOS REIS DE ESPANHA


DIVULGAÇÃO

CENTRO CULTURAL DE BELÉM

Companhia Maior

Sonho de uma Noite de Verão


2 e 3 Dezembro 2016 | 21:00
4 dezembro 2016 | 16:00
Elenco | António Pedrosa | Angelina Mateus | Carlos Fernandes | Carlos Nery | Catarina Rico | Celeste Melo | Cristina Gonçalves | Elisa Worm | Helena Marchand | Isabel Millet | Isabel Simões | João Silvestre | Jorge Leal Cardoso | Júlia Guerra | Kimberley Ribeiro | Manuela de Sousa Rama | Maria Emília Castanheira | Maria Helena Falé | Maria José Baião | Paula Bárcia
Texto original William Shakespeare 
Encenação Tónan Quito
Tradução e versão cénica Fernando Villas-Boas
Cenografia F. Ribeiro
Figurinos José António Tenente
Desenho de luz Daniel WormDesenho de som Pedro Costa
Assistência de encenação Rita Durão
Fotografia Bruno SimãoVídeo Marco Arantes
Produção executiva Companhia Maior
Produtor Companhia Maior Luís Moreira

Em Sonho de uma noite de verão (1594/96), Shakespeare, inspirando-se na mitologia clássica, cruza várias histórias, apresentando personagens em conflito e instala a confusão, num sucessivo jogo de encontros e desencontros amorosos. Esta comédia vai oscilando entre realidade e fantasia; entre o poder político e social com a sua ordem e um mundo caótico representado pela floresta onde habitam fadas e elfos. Antes do casamento de Teseu e Hipólita, um casal apaixonado para fugir às leis da cidade vai para a floresta, atrás deles vão outros dois; para lá já tinha ido uma trupe de actores amadores ensaiar uma peça para apresentar no dia da boda. Aqui Oberon e Titânia estão mal de amores. É então que surge Puck e é o caos do amor... e tudo se torna num grande sonho.



O CDS CRISTASIANO, HIPPY E RIDÍCULO


"Ao radicalismo dos populismos responder com o radicalismo do amor"


ASSUNÇÃO CRISTAS
Público

ESCOLA DE SAMBA "OS CHUNGAS DE BRASÍLIA"

Temer perde o sexto ministro em seis meses

Gaddel Lima, da Secretaria de Governo, é mais um ministro que sai por denuncias de irregularidades.
A situação do ministro, que era responsável pela articulação política do Governo com o Congresso, agravou-se depois de o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, ter afirmado à Polícia Federal (PF) que Geddel e Temer o pressionaram quando ainda estava no Governo sobre uma obra do interesse de Geddel em São salvador da Baía.
Público

domingo, 27 de novembro de 2016

INTERVALO MUSICAL

FIDEL




A História o julgará. Já quanto à absolvição...

A PIDE REVISITADA


sábado, 26 de novembro de 2016

AFINAL, SOMOS TODOS BANQUEIROS


ELE É QUE É O PRESIDENTE DA JUNTA





http://sicnoticias.sapo.pt/programas/eu-e-que-sou-o-presidente-da-junta

TRUMPISMO COM MEL

"É um momento estranho, este que atravessamos. Há um partido de extrema-direita, que apoia Trump, e que se sente à vontade para reclamar a supremacia branca (e que questiona se os judeus serão realmente seres humanos) e alguns media têm medo do politicamente correcto e chamam-lhes "alt-right" e nacionalistas em vez de lhe chamarem nazis, não vão eles ficar ofendidos. Como o lobo já nem se dá ao trabalho de se disfarçar de ovelha, resolvem amanteigar o lobo. 

"Alt-right" é só um nome moderno para o mais feio que há no mundo desde que o mundo existe com gente. Se o Hitler aparecesse agora, diria que não era nazi - "Sou Jew-delete."

Vamos lá ser claros. Quem é que faz manchete, como se fosse grande surpresa, "Extrema-direita celebra vitória de Trump com saudações nazis!"?! São nazis. Se festejassem com balões, é que era esquisito. O jornal online
Observador fez a melhor tradução de sempre de "Heil Trump" - "Avé Trump!" Fica meiguinho. Parece a procissão das velas."

João Quadros
Jornal de Negócios


A QUEDA DE UM ANJO CAVAQUISTA


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

TRUMPISMO - A DEFINIÇÃO

White nationalists? Alt-right? If you see a Nazi, say Nazi

O SINISTRO TRUMPISMO


"Há qualquer coisa de monstruoso neste virar da História a que estamos a assistir, a qual, não há muitos anos, se subordinava a guerras e a morticínios espantosos. O terreno, agora, é disputado por outras batalhas, acaso mais cruéis e dolorosas porque menos claras, mas mais nefastas. Perdeu-se o sentido da honra e a noção da dignidade. A morte é mais sinistra e medonha porque não infringe o claro direito da vida. Alterou-o."

Baptista-Bastos
CM

O DRAMA DOS REFUGIADOS

"De três países vêm 80% dos refugiados: Iraque, Afeganistão e Síria. São as três guerras falhadas do Ocidente. Quando falamos de refugiados, é preciso dizer que há uma responsabilidade do Ocidente. Não são pessoas que vêm para os nossos países só porque lhes apetece. São pessoas em relação às quais temos responsabilidades porque nós, com os americanos, sobretudo os americanos, temos uma responsabilidade coletiva.

Enrico Letta
Ex-primeiro-ministro de Itália e reitor da Escola de Assuntos Internacionais da Science Po em Paris
DN

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

DIVULGAÇÃO


O DOM DE PROFANAR A SAÚDE


Entre 2008 e 2014, a percentagem de pessoas em Portugal sem recursos para pagar consultas subiu de 2,2% para 6,3%. Dados do relatório “Health at Glance: Europa 2016” foram anunciados esta quarta-feira


EXPRESSO

TODO POR LA GRACIA DE DIOS


Espanha acusada de bloquear investigação sobre crimes de Franco


A Amnistia Internacional acusa Espanha de obstruir investigação a crimes de Franco
A Amnistia Internacional acusou hoje as autoridades espanholas de sistematicamente obstruírem a investigação aos crimes cometidos durante a guerra civil de 1936-1939 e à subsequente ditadura de Francisco Franco, noticiou a agência AFP.
"O problema de Espanha não é o ato de esquecimento, é a obstrução a que crimes cometidos durante a guerra civil e o regime de Franco sejam alvo de investigação, dentro e fora do país", disse o chefe da Amnistia Internacional espanhola, Esteban Beltran.
Pouco mais de 40 anos depois da morte de Franco, o mesmo responsável disse aos jornalistas que a justiça se recusa a investigar queixas de vítimas e alegações de tortura, desaparecimentos forçados e assassinatos.
TSF

O ÓPIO DO POVO






«É preciso pensar na matança que ainda hoje ocorre 'em nome de Deus'»

Anselmo Borges
DN

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

UM IMENSO ADEUS

António Modesto da Silveira, considerado o advogado que mais defendeu presos políticos e familiares de desaparecidos e sequestrados pelo regime ditatorial brasileiro de 1964-1985, morreu nesta terça-feira, aos 89 anos, no Rio de Janeiro.
Público

SUGESTÃO


terça-feira, 22 de novembro de 2016

TRUMPISMO - METÁSTASES


Breitbart, baluarte da “alt-right” norte-americana, planeia expansão europeia

Site que apela a supremacistas brancos quer aproveitar a subida do populismo anti-imigração em França e na Alemanha.
Público

O 'PINTAS' IRÁ PARA A LÍBIA GOZAR A REFORMA?




Derrotado, Sarkozy diz adeus à política

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

UMA MULHER

1951 – Casa com o Capitão João Varela Gomes, com quem tem quatro filhos – Paulo, João António, Maria Eugénia e Maria da Luz.
1956 – Vai dirigir o Serviço Social do Hospital de Santa. Maria, que é obrigada a abandonar após dois anos, em virtude de um processo disciplinar por motivos políticos.
1958 – Participa activamente na Campanha eleitoral de Humberto Delgado, entrando em contacto mais estreito com os vários sectores da oposição.
1959 – Envolve-se directamente na Revolta da Sé e acompanha de perto o julgamento e a prisão dos implicados, particularmente dos amigos Manuel Serra, J. Jacques Valente e capitão Vilhena.
1960 – Trabalha na BP em Cabo Ruivo.
1961–Participa activamente na Campanha eleitoral para deputados, acompanhando o marido nos vários comícios, dos quais ficou célebre o do Teatro Trindade.
1962 – É raptada e presa pela PIDE, por alegado envolvimento no golpe de Beja. É mantida isolada desde 6 de Janeiro até meados de Abril.
De 13 a 19 de Janeiro é submetida a tortura do sono, numa acção coordenada pelo chefe de Brigada Mortágua e chefiada pelo inspector Pereira de Carvalho.
Cumpre em Caxias um período de prisão até 27 de Junho de 1963, onde é companheira de algumas das mais conhecidas figuras femininas do Partido Comunista: Albina Pato, Natália David, Luísa Paula, Aida Paula, Piedade Gomes, Aida Magro, Ivone Lourenço, Albertina Diogo, Fernanda Tomás, Virgínia Moura, Julieta Gândara.
1963 – Libertada, liga-se à Frente Patriótica de Libertação Nacional, integrada numa célula juntamente com Jorge Sampaio e Lopes de Almeida, entre outros.
1964 – Está presente como ré, ao lado do marido, no julgamento dos implicados de Beja. É condenada a dezoito meses de prisão (já cumpridos) enquanto João Varela Gomes é condenado a seis anos.
1967 – Faz uma viagem a Londres para contactos com a FPLN (através de Rui Cabeçadas) e com a Amnistia Internacional.
1968 – Arredada de qualquer emprego por motivos políticos, trabalha durante um ano na Seara Nova.
Desloca-se a Paris, a uma reunião da FPLN, em que participam Lopes Cardoso, Virgínia Moura, Jorge Sampaio, Manuel Sertório, Ramos de Almeida, Sérgio Vilarigues e Álvaro Cunhal.
Funda, com outras personalidades de oposição, a CNSPP (Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos). Integra o Executivo desse organismo juntamente com Nuno Teotónio Pereira, Cecília Areosa Feio, Frei Bento, Manuela Bernardino, Lucília Santos, Luís Moita, Levy Baptista, Comandante Costa Santos.
1969 – Participa na Campanha Eleitoral pelas listas da CDE.

1970 – É novamente presa por uma semana.
1971 – Vai trabalhar para o Sindicato dos Seguros onde, entre outras iniciativas, organiza um curso de sindicalismo.
1973 – Participa na campanha eleitoral para a Assembleia Nacional. No final de um comício na Sociedade Nacional de Belas Artes, é brutalmente espancada pela policia de choque, juntamente com a filha mais nova.
1974 – Após o 25 de Abril, trabalha com advogados e membros da CNSPP na libertação dos presos políticos, bem como na posterior remodelação desta organização.
Trabalha, juntamente com Rui Cabeçadas, Stella Piteira Santos e Fernanda Lopes Cardoso, na formação da Comissão de Apoio aos Refugiados Políticos.
Parte para Angola, acompanhando o marido, sobre o qual recai um mandado de captura, por alegado envolvimento no golpe do 25 de Novembro.
1976 – Abandona Angola, na sequência do golpe de Nito Alves, e vai para Moçambique, onde sofre o duro golpe da morte do amigo Ramiro Correia.
1979 – Regressa definitivamente a Portugal, em virtude da amnistia a seu marido, que é reintegrado nas Forças Armadas em 1982, passando de imediato à reserva.
2003 -Publicação de M. Eugénia Varela Gomes – Contra Ventos e Marés, uma  biografia sob a forma de entrevista, conduzida por Maria Manuela Cruzeiro do Centro de Documentação 25 de Abril da U. de Coimbra.

UM IMENSO ADEUS

Aos 90 anos, faleceu Maria Eugénia Varela Gomes - figura marcante da resistência antifascista e da solidariedade com os presos políticos no tempo da ditadura.

EXTERMINEMOS OS HERDEIROS DE MILLÁN-ASTRAY


O ódio irracional


Primeiro dia do curso de comandos, é meia-noite. Marcha de uma hora, dois goles de água, “pode ser mais?”, não, e pela pergunta mais exercícios físicos de castigo. Dormem duas horas. Seis e vinte da manhã, pequeno-almoço, cinco bolachas e um doce. Água, não. Ginástica. Água, não. Instrução, técnica de combate, elevado desgaste físico, estão 32,4 graus. Quatros goles de água. Instrução, Ginástica de Aplicação Militar (GAM, que na gíria do exército significa Ginástica Até à Morte), elevado desgaste físico, estão 35 graus. Dois desmaiam. Para ver se é fingimento, atiram um deles para as silvas. Não, não era a fingir. De castigo: água, não. O exercício agora chama-se “Carrossel”, técnicas de combate, grande desgaste físico, estão 37 graus. Mais dois desmaiam, quatro estão a cair para o lado, um treme, vomita, vêm os socorristas. São 12h20, nas últimas 15 horas quase não houve descanso, bebeu-se o equivalente a uma garrafa de água pequena. Dois minutos para almoçar: uma lata de ração, um litro de água. Instrução, Tiro de Combate, intensidade física altamente desgastante, rastejar, rebolar, marcha hiperfletida, correr, cambalhotas, 48 graus de temperatura no solo. Água, não. Mais quatro desmaiam. Um chama-se Hugo Abreu, tem 20 anos. O médico do exército ordena: rastejem. Hugo não responde, está confuso, revela sede intensa, cefaleias, ansiedade, náuseas, vómitos, fadiga. Um enfermeiro observa-o, “ele está bem”. Mas Hugo não reage. Cospe em seco, delira. O instrutor coloca-lhe uma mão com areia na boca e diz “cospe lá agora”. Nada, não há reação. Enrola a língua, revira os olhos. É levado em braços para a ambulância. “É melhor levá-lo para o hospital”. Já não sai dali vivo.
Este relato resulta do despacho da procuradora que está a investigar a morte de dois militares no 127º Curso de Comandos. Cândida Vilar descreve um estado de exaustão pelo calor, stresse emocional e sentimentos de humilhação, num ambiente de intimidação e terror, de sofrimento físico e psicológico, de tratamento não compatível com a natureza humana, de desprezo, de tratamento de “pessoas descartáveis” por instrutores movidos por ódio patológico e irracional, contra instruendos que consideram inferiores por não serem ainda parte dos Comandos, cuja supremacia apregoam.
Se não fosse a morte de dois militares, este teria sido um dia normal nos Comandos. Haverá quem creia que é desfazendo homens que se fazem homens. Como há quem queira que acreditemos que a culpa é dos médicos e dos enfermeiros, manobra de diversão óbvia para proteger a instituição militar.
A procuradora quis prender os instrutores, o médico mas também o diretor do curso, o que tem a clara intenção de pôr em causa o próprio curso. Haja alguém. Para que as mortes de uns não morram no esquecimento criminal com outros nem matem as nossas consciências.
O poder político acobarda-se, não quer levantar palha contra as Forças Armadas. Virão ameaças duras que serão falinhas mansas e depois do 127º virá o 128º curso.
Acabe-se com o Curso de Comandos. E se ninguém cair, caia o ministro.
EXPRESSO

domingo, 20 de novembro de 2016

A LIBERDADE, SEGUNDO O ORANGOTANGO


PREVISÕES POUCO CATÓLICAS



É curioso ver que a Universidade Católica tinha previsto um crescimento económico de 0,2% em cadeia e de 1% em termos homólogos. Não adianta vir com a desculpa de que Jesus Cristo não sabia nada de finanças. De 0,2% para 0,8% vai uma margem de erro que queima a reputação de qualquer analista e pode trazer problemas com a GNR e o balão. Fica mal à Universidade Católica prever números tão distantes da realidade. É mau exemplo para os alunos.
João Quadros
Jornal de Negócios

E PARA ESTES HAVERÁ COMENDAS?

PORTUGAL SAGRA-SE CAMPEÃO EUROPEU DE FUTEBOL DE RUA


sábado, 19 de novembro de 2016

TRUMPISMO - ACÇÃO DIRECTA

Jared Taylor, um dos mentores de Trump: "Ficarei admirado se não houver violência"

Considera que os mexicanos e chineses não têm direito ao sonho americano - mas os europeus sim. Defende que só os brancos são capazes de manter um Estado de direito. Propõe que o Governo “pare de forçar pessoas de raças diferentes a viver juntas”. E admite um banho de sangue nas ruas. Entrevista a Jared Taylor, um dos homens que influenciam o novo presidente dos EUA, Donald Trump


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EXPRESSO

O FASCISMO RASCA E RIDÍCULO QUE NOS CALHOU


O diário do cartoonista mulherengo que explicou à PIDE o que era o humor

"Incorrigível e manhoso"
José Vilhena publicou dezenas de livros, todos interditos pela censura, onde criticava o clero e o Estado Novo e onde desenhava figuras femininas seminuas. Os censores encaravam-no como uma afronta permanente à moral e ao regime político. Um dos censores, Joaquim Palhares, chamou-lhe mesmo, num relatório, "o incorrigível e manhoso Vilhena", no despacho onde propôs a proibição do livro Humor Parisiense, em Dezembro de 1965. 

No ano seguinte, em 1966, o cartoonista foi novamente detido pela PIDE, desta vez pelo lançamento dos livros O Beijo e Tenha Maneiras (24 mil exemplares), para as autoridades averiguarem se estariam em causa "crimes contra a segurança do Estado". Desta vez esteve preso em Caxias três meses, tendo tido tempo para camuflar o início de um livro, em escrita quase microscópica, num maço de tabaco Sagres aparentemente cheio.

Sábado

LER MAIS: 
http://www.sabado.pt/vida/detalhe/o_diario_do_cartoonista_mulherengo_que_explicou_a_pide_o_que_era_o_humor.html


NOTÍCIAS DA CLOACA

Superespião condenado a pena de quatro anos e seis meses de prisão 


Silva Carvalho foi considerado culpado de violação do segredo de Estado, abuso de poder e ainda devassa da vida privada

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

DIVULGAÇÃO


UM BOM PRINCÍPIO

Sete detenções no curso de Comandos

Sete responsáveis do 127.º curso de Comandos foram detidos para serem interrogados já como arguidos. Trata-se de cinco oficiais e dois sargentos, entre eles está o médico do curso e o diretor responsável pela formação destas tropas especiais.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, estes militares são suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física (art.º 93.º do Código de Justiça Militar). "As investigações prosseguem, estando em causa factos suscetíveis de integrarem os já referidos crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física bem como de crimes de omissão de auxílio (art.º 200.º do Código Penal)".
Segundo o Código de Justiça Militar, os crimes de ofensa à integridade física, nos casos de morte, podem dar origem a uma pena entre os oito e os 16 anos de prisão.
EXPRESSO

MP conclui que militares detidos estavam “movidos por ódio patológico e irracional”

Cândida Vilar, a procuradora titular do caso das mortes no 127.º curso dos Comandos, considera que os militares indiciados esta quinta-feira pelo Ministério Público trataram “os instruendos como pessoas descartáveis”, lê-se no despacho.
No documento é referido que face aos indícios da prática dos crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física, “à personalidade dos suspeitos, movidos por ódio patológico, irracional contra os instruendos, que consideram inferiores por ainda não fazerem parte do Grupo de Comandos, cuja supremacia apregoam, à gravidade e natureza dos ilícitos”, o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa entende que existe “perigos de continuação da atividade criminosa e de perturbação do inquérito”.
EXPRESSO