quarta-feira, 25 de março de 2009

UM IMENSO ADEUS


«Nas zonas selvagens do Illinois, entre a erva densa e alta e os vestígios deixados pelos veados, ecoa o uivar dos lobos. Antigos predadores escondem-se na noite escura para agredir as suas presas ou para fugir a quem os persegue. Não são as cintilantes luzes de Chicago, é antes qualquer coisa de primordial, qualquer coisa que resistiu quase imutável durante milhares de anos. Uma caça que nunca mais acaba. Uma caça na qual, de um momento para o outro, o caçador se pode transformar em presa. Aninhada no coração deste caos calmo fica a pequena cidade de Tuscola, onde habitam criaturas obscuras que lutam para sobreviver à antiga batalha.
Estão a ver aquelas coisas que se começam sabendo que se vai ser interrompido brevemente? E depois afinal não se é interrompido? E então continua-se, e a coisa começa a tornar-se interessante? Ora bem, foi o que me aconteceu a mim.
Acabo de apurar que há na net 2180 sites que mencionam «quiet chaos». Tentei abrir alguns, mas eram todos demasiado pesados e o meu telemóvel não conseguia. O único que consegui abrir foi este, e agora tenho uma definição de caos calmo: uma caça que nunca mais acaba, uma caça na qual de um momento para o outro, o caçador se pode transformar em presa. O que é que isto tem a ver com a minha vida? Pode ser interessante reflectir sobre esta questão. Mas primeiro pode ser interessante reflectir sobre a maneira como vim aqui ter.»