quinta-feira, 31 de maio de 2012

ALTA ESCOLA



Líder da JSD-Madeira demite-se por ser acusado de vandalismo


Expresso

AGITAÇÃO NA PIOLHEIRA



http://expresso.sapo.pt/o-governo-esconde-a-verdade-sobre-o-caso-das-secretas-diz-ricardo-costa=f729866

UM TORPEDO PARA AS SCUT(s)

Maioria espera que justiça investigue Paulo Campos

 No dia em que chegou ao Parlamento o relatório do Tribunal de Contas que confirma a existência de contratos paralelos aos contratos de subconcessão rodoviária que foram postos à margem do seu controlo, os partidos da maioria vieram exigir à justiça que dê "prioridade" a esclarecer o caso "grave" e a apurar as responsabilidades do ex-secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos.

Mendes Bota afirmou esta manhã aos jornalistas que o PSD quer saber que diligências tomou o procurador-geral da República à luz dos factos que foram tornados públicos.
Poucos minutos depois, Hélder Amaral do CDS acusou Paulo Campos de ter mentido, enganado, sonegado informação fazendo contratos paralelos e avisou que têm de ser tiradas outras consequências, além das consequências políticas, sobre esse negócio "ilegal", que vai custar aos contribuintes mais de 700 milhões de euros.
O deputado centrista voltou a acusar o socialista de ter "condicionado" o regulador das estradas, em 2010, depois deste instituto ter produzido um relatório crítico do processo de renegociação das concessões, que foi o ponto de partida deste processo.
Hélder Amaral distribuiu um despacho do ex-governante em que este exige o apuramento de responsabilidades pela avaliação do regulador e recomenda que o INIR "providencie medidas adequadas para que em futuras ocasiões tal situação de descrédito não volte a acontecer".
De acordo com o centrista, o relatório do TC "confirma que o secretário de Estado Paulo Campos sonegou informação, adulterou informação e fez ainda pior: Fez contratos paralelos com as empresas, que não sabemos quais são, nem sabemos ao certo qual o valor envolvido."
DN
(Os submarinos continuarão submersos até à constituição de nova maioria.)


A CALCULADORA 'MADE IN' ESCOLA DE CHICAGO ENCRAVOU


Fisco enganou-se. Receitas caíram quase o dobro

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) encontrou uma incorreção nas contas que influencia a comparação em percentagem, face a uma falha em somar 238 milhões de euros.

De acordo com a análise da UTAO, a unidade que dá apoio técnico aos deputados, e a que a Agência Lusa teve acesso, foi encontrada uma incorreção nas contas que influencia a percentagem da queda que havia sido divulgada para as receitas fiscais da Administração Central e Segurança Social.
"Ao contrário do que foi divulgado pela DGO, a quebra da receita proveniente de impostos indiretos foi mais acentuada", diz a UTAO identificando menos 238 mi,lhões de euros.
DN

DE OUTROS

  "O sr. primeiro-ministro escolheu este tema porque estava entalado" 
Heloísa Apolónia


Deputada 'Verde'

INSTITUTO DE SOCORROS A NÁUFRAGOS - AULA PRÁTICA

Relvas é uma "vítima" no caso das secretas, diz Marinho Pinto
Expresso 27-5-2012



Miguel Relvas diz que está a ser “vítima” do processo das secretas

Diário Económico 31-5-2012



OUTROS FUTEBÓIS


Corrupção passiva

Seis anos e meio de prisão para presidente da Académica

O Tribunal da Relação de Coimbra condenou nesta quarta-feira o presidente da Académica, José Eduardo Simões, à pena efectiva de seis anos e meio de prisão, confirmou ao PÚBLICO o seu advogado, Rodrigo Santiago.
A decisão – de que o arguido ainda não foi oficialmente notificado – resulta no agravamento da pena que fora aplicada na primeira instância – quatro anos e sete meses de prisão, com pena suspensa, por um crime continuado de corrupção passiva para acto ilícito e outro de abuso de poder.

O tribunal de primeira instância – cujo acórdão foi conhecido em Março de 2011 – considerara provado que, aproveitando-se da dupla qualidade de director de urbanismo da câmara municipal e de dirigente desportivo, José Eduardo Simões favoreceu promotores imobiliários a troco de donativos para a Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol (AAC/OAF), que, por isso, teria de pagar 200 mil euros ao Estado.
Público

NOTÍCIAS DA PIOLHEIRA


quarta-feira, 30 de maio de 2012

NOTÍCIAS DOS 'MERCADOS'


CMVM faz queixa ao MP de indícios de manipulação sobre dívida portuguesa

O supervisor do mercado detetou indícios do crime de manipulação da dívida portuguesa num caso que envolve autores que escreveram sobre Portugal num órgão internacional, tendo feito queixa ao Ministério Público, revelou hoje o presidente da CMVM.
Apesar de não se saberem muitos detalhes sobre o caso, Carlos Tavares, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), deu a novidade durante a sua audição na Comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento, revelando que "os indícios de crime de manipulação de mercado foram participados ao Ministério Público (MP)".
Em causa está um artigo publicado num "prestigiado" órgão de imprensa internacional, que se debruçava sobre a situação económica e financeira de Portugal, abordando a questão da dívida soberana, por "autores que tinham interesse na desvalorização da dívida pública" portuguesa, explicou aos deputados o líder do supervisor.
«I»

ELEGANTES FACADAS NA QUINTA DA MARINHA

Diz o DN que o CM diz que Sousa, o Marcelo Rebelo de, em e-mail enviado a essa grande referência da Ética que dá pelo nome de Silva Carvalho, modesto portador de avental da Loja Mozart, ajudante de trolha anónimo na construção do edifício dessa instituição agregadora de gente altruísta que dá pelo nome de SS (Serviços Secretos) e agora conhecido pela alcunha de 'Superespião', diz de Pinto Balsemão:  "Balsemão põe em xeque o que deve ser a separação entre poder político e comunicação social, Estado e interesses privados".
Ora bem, aqui chegados, uma dúvida se levanta no meu espírito: Balsemão foi sempre assim ou só começou depois de Marcelo ter saído do 'Expresso', jornal que fundou com Balsemão e veio a dirigir em substituição de Balsemão?
Responda quem souber - com ou sem recurso a relatórios da pide fascista ou dos democráticos serviços secretos.

HOMENAGEM


Vídeo, revista e testemunhos na homenagem a Urbano Tavares Rodrigues

Aos 88 anos, Urbano Tavares Rodrigues tem dezenas de livros publicados, desde o romance ao conto e aos poemas, passando pelo ensaio, a narrativa de viagens e a crítica. Tem também alguns livros por publicar, como o terceiro livro de poesia, inédito, “Os Enganos de Zeus”, e um de novos contos, género a que o escritor – que é hoje homenageado na Faculdade de Letras de Lisboa – se tem dedicado nos últimos tempos.
A homenagem desta quarta-feira, da iniciativa da revista “Textos e Pretextos” e do Centro de Estudos Comparatistas, é a primeira feita pela Faculdade de Letras, onde o escritor e investigador iniciou a carreira académica, licenciando-se em Filologia Românica, e foi professor catedrático até à jubilação em 1993. 

“Esta homenagem é simbólica para ele e feita por pessoas que não puderam ser suas alunas mas que o consideram uma referência do ponto de vista ensaístico e da crítica literária”, disse a directora da revista, Margarida Gil dos Reis, ao PÚBLICO. 

Nesta homenagem, a revista lança a 16.ª edição, totalmente dedicada a Urbano Tavares Rodrigues, com ensaios sobre a obra, uma entrevista ao escritor, uma cronologia, reproduções de manuscritos, bibliografia seleccionada e depoimentos dos escritores Nuno Júdice, Teolinda Gersão, Baptista-Bastos, Maria Graciete Besse, entre outros. 

Na sessão, será projectado um vídeo, da autoria de Pedro Loureiro, com um depoimento do homenageado e serão intervenientes o próprio, além do secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas e Helena Carvalhão Buescu, da Faculdade de Letras. 
Público

NOTÍCIAS DA PIOLHEIRA

Jornal Negócios

NOTÍCIAS DA PIOLHEIRA

DN

terça-feira, 29 de maio de 2012

EM POSE PARA A POSTERIDADE

O ex-primeiro-ministro italiano morto, deitado num caixão, a sorrir, com uma mão sobre um livro de história e a outra em cima das calças desabotoadas... O toque final é dado com umas pantufas do Mickey nos pés do político. Assim é a obra "O sonho dos italianos", dos artistas Antonio Garullo e Mario Ottocento.
DN

O PADEIRO DE TRANCOSO


Defesa

Aguiar-Branco compara "batalha" da dívida à expulsão dos castelhanos

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, considerou esta terça-feira que Portugal irá vencer a “batalha” da dívida pública, com inovação, empenho e coragem, como fez no passado em relação aos castelhanos.
“A batalha da dívida está hoje na mesma dimensão que era a luta em relação a Castela, na época”, disse o governante, que presidiu hoje em Trancoso às comemorações do 427.º aniversário da Batalha de São Marcos, travada em 1385, entre forças portuguesas e castelhanas. 
Público

ALERTA!

Num certo domingo daqueles muitos anos de chumbo, no regresso de mais uma santa missa das '11', o hortelão de Santa Comba viu, no jardim do palácio de S. Bento, um maltrapilho a comer relva.
Humanista, como sabemos, sua excelência perguntou ao consumidor as razões para a escolha de tão saudável menu.
Amedrontado pela fama do perguntante e pelo olhar assassino do Rosa Casaco da pide que o acompanhava e lhe protegia as costas, o homem respondeu com voz sumida: fome!
Sensibilizado, o 'Botas' tirou dos bolsos um cartão de visita e uma caneta (oferta das senhoras do Movimento Nacional Feminino) e escreveu uma frase curta, entregando, depois, a 'credencial' ao dissidente da 'Sopa do Sidónio', dizendo-lhe naquela sua vozinha aflautada e sinistra Tem o seu problema resolvido, ao mesmo tempo que lhe dava ordem de despejo, apontando o intimidante indicador direito na direcção do portão.
Por analfabeto, o homem recorreu aos serviços de um taberneiro que comerciava em estabelecimento devidamente licenciado, situado entre a esquadra de S. Bento e o Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, que, caridosamente, lhe ofereceu um bagaço martelado a título de digestivo e leu, para ele e para todos os circunstantes, o conteúdo do cartão. Dizia assim:


                                             ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR
                                               Presidente do Conselho de Ministros 
O portador deste cartão está autorizado a pastar em todos os jardins públicos do Império.
                                                            (Assinatura ilegível)


(E agora aqui estou eu a rezar para que esta notícia do 'Expresso' não conste no 'clipping' que os serviços secretos diariamente enviam ao Presidente do Conselho em funções e aos amigos do costume: 

Comer insetos para combater a crise

Os insetos são ricos em ferro, têm proteínas, vitaminas e emitem menos gases com efeito de estufa do que um bovino. Um dia vamos acabar por tê-los como prato principal...).

Vocês percebem-me, verdade?


NOTÍCIAS DA SÍMIOCRACIA


Madeira

PS retirou moção de censura devido à ausência de Jardim do debate

O Partido Socialista retirou nesta terça-feira de manhã a moção de censura ao governo regional devido à ausência do respectivo presidente, Alberto João Jardim, no debate na Assembleia Legislativa da Madeira.
Ao justificar a retirada da moção, que contava com o apoio dos restantes deputados da oposição, o líder parlamentar do PS e primeiro subscritor do documento, Carlos Pereira, considerou imprescindível a presença do responsável máximo pela “situação de emergência económica e social que a Madeira vive”. 

Após a suspensão da sessão plenária, em consequência do único ponto de ordem dos trabalhos, o líder do PS apelou à intervenção do Presidente da República no sentido de, como garante da Constituição, diligenciar para o normal funcionamento das instituições da Madeira. O dirigente socialista propôs a Cavaco Silva duas soluções: a dissolução da assembleia regional ou o envio de uma mensagem a este primeiro órgão de governo a criticar esta "grave situação".
Público

GLOBALIZAÇÃO DA CAMARADAGEM

Ongoing tentou fazer parceria com general da elite angolana


Jornal de Negócios

segunda-feira, 28 de maio de 2012

EPITÁFIO PARA UM CANALHA


Tony Blair acusado de "criminoso de guerra"


Um ativista anti-guerra interrompeu hoje o interrogatório do antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair no inquérito sobre as práticas da imprensa, desencadeando uma investigação às falhas da segurança.

O homem, de meia idade, surgiu por detrás de uma cortina junto ao juiz Brian Leveson, que dirige o inquérito, começando por dizer: "este homem deve ser preso por crimes de guerra".
Continuou depois a alegar uma ligação entre o banco JP Morgan, para o qual Blair iniciou um trabalho de consultor após abandonar funções no governo, e a guerra no Iraque.
"Este homem é um criminoso de guerra", gritou o intruso, antes de ser retirado da sala por três guardas.
Leveson pediu desculpas ao antigo chefe de governo e ordenou um inquérito às falhas de segurança, ao que Blair respondeu rejeitando as acusações feitas.
Antes, Blair tinha negado a existência de um "acordo, expresso ou implícito" com Rupert Murdoch para garantir o apoio dos jornais do grupo News Corporation.

YO APOYO GARZÓN





O Tribunal Supremo de Madrid determinou que o juiz espanhol Baltazar Garzón, impedido de exercer magistratura durante 11 anos por ordenar escutas ilegais num processo de corrupção, estará incapacitado até 03 de abril de 2022, foi hoje divulgado.


DN

A GARGALHADA DO DIA



Cavaco acredita na resolução transparente do caso Relvas


DN

OREMOS, IRMÃOS

Caos no Vaticano com escândalo de fuga de informação

É um dos maiores escândalos envolvendo o Vaticano nas últimas décadas, com documentos que revelam lutas internas pelo poder, intriga e corrupção, ao mais alto nível. Para já, há um detido apenas: o mordomo do Papa


A investigação conduzida pela Santa Sé para descobrir a fonte dos documentos revelados já levou a uma detenção - Paolo Grabriele, mordomo do Papa -, e vai prosseguir.
Paolo Grabriele tem 46 anos, é pai de três filhos, e foi detido depois de os investigadores do Vaticano terem descoberto documentos da Santa Sé no seu apartamento.
Mordomo pessoal do Papa desde 2006, foi visto várias vezes ao lado de Bento XVI e faz parte do grupo restrito de pessoas que convive diariamente com o Sumo Pontífice.
Em causa estão documentos que evidenciam lutas internas pelo poder, intriga e corrupção, ao mais alto nível da Igreja Católica.
O caos começou na semana passada, com a publicação de documentos que incluem correspondência, notas dirigidas ao Papa e ao seu secretário pessoal e continuou, na última quinta-feira, com o presidente do banco do Vaticano, Gotti Tedeschi, a ser afastado. No sábado, confirmou-se que o mordomo do Papa seria o "informador", fornecendo documentos aos jornalistas italianos, numa aparente tentativa de desacreditar o número dois da Santa Sé.
O banco, conhecido como o Instituto para os Trabalhos Religiosos, emitiu no sábado um comunicado, a que a Associated Press teve acesso, abordando as razões para o afastamento de Tedeschi: faltava, alegadamente, às reuniões de direção, não fazia o seu trabalho, não defendia o banco, dividia os funcionários e apresentava um "comportamento pessoal progressivamente errático".
O conselho do banco acusa ainda o ex-diretor de ser, ele próprio, fonte de documentos confidenciais.
O escândalo da fuga de informação começou em janeiro, quando o jornalista italiano Gianluigi Nuzzi publicou cartas do antigo número dois do Vaticano para o Papa, nas quais implorava para não ser transferido por ter alegadamente exposto práticas corruptas, o que terá custarado à Santa Sé milhões de euros.
VISÃO


NOTÍCIAS DO PARAÍSO


Bragaparques. Advogado de Domingos Névoa garante que processo "já prescreveu"

O advogado do empresário Domingos Névoa, Artur Marques, assegurou hoje à Lusa que o processo Bragaparques, relativo a uma acusação de tentativa de suborno, “já prescreveu”, o que significa que “não haverá qualquer pena” para o administrador da empresa.
«I»

OS TSUNAMIS DE MERDA

Ainda o tsunami de merda que se formou na falha tectónica Largo do Rato/ S. Bento não deixou de produzir efeitos devastadores no país e já outro se anuncia, agora na falha tectónica S. Caetano à Lapa/ S. Bento.
De facto, a confirmar-se o que o «I» hoje publica e que transcrevo: « Os autos do processo indiciam ainda que Silva Carvalho pode ter saído das secretas com uma moeda de troca: um acordo prévio com o PSD para chegar a secretário-geral do SIRP ou mesmo a ministro. Se o ex-espião não celebrou o acordo tê-lo-á pelo menos dado a entender junto dos companheiros das secretas. Dias antes de se demitir do SIED, a 11 de Novembro de 2010, Silva Carvalho recebeu uma mensagem de João Bicho, o agente que sugeriu para o SIED, entretanto já demitido. Neste, Bicho dizia que Silva Carvalho poderia sempre invocar o interesse nacional, revogando o acordo com o PSD e propor um novo Orçamento do Estado igualzinho mas com 400 milhões destinados ao SIED que resultariam da extinção da RTP. E ainda:  Em declarações ao i o ministro Adjunto [Miguel Relvas] sacode a pressão: “Vou sair mais forte” deste caso», o país continuará submerso num mar de dejectos por muitos e muitos anos.
Diz Sousa, o Marcelo Rebelo de, que, a continuar no governo, Relvas será um ministro meio-morto. E eu acrescento: e Passos Coelho, pelo silêncio e omissão, será um primeiro-ministro morto de todo - política e eticamente. E Vichy continuará o regime dos cadáveres merdosos que os 'mercados' tanto apreciam.
 God Save our Souls!
P.N.A.M.

domingo, 27 de maio de 2012

A TERCEIRA VIA DE UM CANALHA


Tony Blair's moral decline and fall is now complete | Nick Cohen

Photograph: Todd Williamson/WireImage

Tony Blair's willingness to prop up the brutal Kazakhstan regime shames the one-time champion of democracy

If you wanted to see why Tony Blair is finished as a force for good in politics, you should have been at the discreet, if extortionately expensive, Haymarket hotel, off Trafalgar Square. Portland Communications, publicists for what it calls "the government of Russia" and everyone else calls "that thieving bastard Putin", was holding a dinner for journalists and politicians it hoped to seduce on behalf of one of its many other clients.
Blairites headed the guest list: Lord Adonis, who has re-emerged as Ed Miliband's adviser on industrial policy; and James Purnell, whom the Labour right see as the king over the water who will one day return and restore Blair's heirs to their rightful inheritance.
In showing no disdain for the mouthpieces of a dictatorship, Adonis and Purnell were doing no more than following the example of Blair and his circle. Portland Communications is at its heart. Tim Allan, Blair's former media adviser and Portland's founder, recruited his old friend, Alastair Campbell, last week. A few months before, a Financial Times reporter spotted Campbell at the airport at Astana, the capital of Kazakhstan. He wondered what had brought Campbell from his London home to a flyblown central Asian dictatorship. Campbell would not say if his visit had anything to do with Blair's latest business dealings. Few would be surprised if it had because Blair's dealings are extensive.
As one astonished and disgusted former supporter put it: "If you want to know what price a great man will sell his legacy for, it's $13m." According to the Financial Times, that is the sum that President Nursultan Nazarbayev has paid for Blair's services. His old gang is along for the ride and eager to see what an oil-rich dictatorship, which shoots strikers, burns the offices of opposition parties and kills their leaders, can offer.
As well as the enigmatic Campbell circling the carousels at Astana airports, a spokesman for Portland told me that it was "reforming Kazakhstan's communications". Sir Richard Evans, formerly of BAE Systems, who was once described as "one of the few businessmen who can see Blair on request", now chairs the £50bn Kazakh state enterprise Samruk and it in turn hires Peter Mandelson to deliver speeches.
The regime is grateful and not just for the uses the Blairites' support can be put to abroad. Like every other dictatorship, Kazakhstan wants to show its subjects that foreigners, who have no reason to fear the secret police, endorse the regime of their own free will. The backing of outsiders makes them seem more powerful and their propaganda sound more plausible. (It is for this reason that George Galloway has been such a popular figure in the presidential palaces of the Middle East.)
I know what you're thinking. Blair selling out is hardly news. But – and Observer readers may not provide the most sympathetic audience for this argument – there was always a case for Blair. His dedicated adherents could see no wrong in whatever he did. But others, including your correspondent, were, if you will, "left" or "anti-totalitarian" Blairites. Whatever criticisms of his domestic policies we had, we thought that when set against his enemies, Tony Blair was an admirable man.
Historians trying to capture the hypocrisy of Britain in the first decade of the 21st century may note, as we did, that Blair's opponents turned on him not for allowing the banks to run riot but for insisting that Britain should play its part in stopping the civil war in Sierra Leone, in ensuring that Slobodan Milosevic could not ethnically cleanse Kosovo, in helping throw the Taliban out of Kabul and in saying that after 24 years of occasionally genocidal rule, Saddam Hussein must be removed from power.
Let one example from countless instances of bad faith stand as an example of how sour polite society became. In 2007, John Humphrys of the BBC interviewed Blair about the oppression in Iran.
Blair: "There is global struggle in which we need a policy based on democracy, on freedom and on justice…"
Humphrys: "Our idea of democracy?"
Blair: "I didn't know that there was another idea of democracy…"
Humphrys: "If I may say so, that's naive…"
Blair: "The one basic fact about democracy, surely, is that you can get rid of your government if you don't like them."
Humphrys: "The Iranians elected their own government and we're now telling them…"
Blair: "Hold on, John, something like 60% of the candidates were excluded."
I do not pick on Humphrys because he was an exceptionally wicked man, but because his approach was so depressingly commonplace. Iranians and other lesser breeds could not expect the rights we enjoyed, and it was "naive to think otherwise". Blair replied in admirably plain language. His commitment to democracy and human rights was absolute. Moreover, it was universal: if free elections are good enough for Britain, they are good enough for Iran and no weasel words about theocrats having their "own" version of democracy can be allowed to pass uncontested.
By necessity, Blair was also an internationalist, because, as he said in his Chicago speech of 1999, which was by some measure his finest: "We are all internationalists now, whether we like it or not… we cannot turn our backs on conflicts and the violation of human rights within other countries if we want still to be secure."
His back is turned now and the plain speaking has gone. He won't explain why he's helping the Kazakh dictator present a better face to the west. Apparently, he has said that he is not personally profiting from appearing in a propaganda video praising the dictatorship's "progress" and hymning its "extraordinary economic potential". (I say apparently because his office would not respond to my repeated inquiries.) But it is beyond doubt that his commitment to democracy is now as flimsy as any relativist's: free elections may be good enough for the people of Britain, but the Kazakhs cannot expect to enjoy the same privileges.
Blair's mindless admiration of wealthy men explains his decline. In the 21st century, they tend to be dictators with sovereign wealth funds and tame oligarchs to command, or financiers. No surprise, then, that as well as advising Kazakhstan, Blair also advises JP Morgan.
His love of money has brought down the worst fate that could have befallen him. He now has the manners and morals of his opponents. He has become a George Galloway with a Learjet at his disposal.

EDUARDO GALEANO - NOVO E BREVE ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ

COTONETES

Habituado a pagar, no supermercado, trinta cêntimos por uma caixa de cotonetes (iva incluído e sem necessidade de esperar pelos descontos especiais de pingos doces), boquiaberto fiquei, hoje, quando a doutora da farmácia me pediu por idêntica mercadoria a módica quantia de um euro e setenta e cinco.
Por vergonha e cobardia, paguei e saí em silêncio, mas a atitude correcta seria ter gritado: olhe, senhora doutora da farmácia, por esse preço, meta as cotonetes no cu.
Não direi, como o célebre poeta, Par délicatesse j'ai perdu ma vie, mas posso dizer: por delicadeza perdi um euro e quarenta e cinco e por cobardia uma oportunidade de me apresentar à sociedade como mais um indignado.
E agora, cá estou eu, à portuguesa, bem comportado e com ar de casado, quotidiano, fútil e tributável a fazer do blog o meu muro das lamentações...

ESPIONAGEM NO AQUÁRIO

Primeiro, foi o Simas, um jaquinzinho do jornalismo, a ser investigado pelas secretas. Apurou-se que o homem telefonava muito.
Depois, foi a Oliveira, uma petinga do jornalismo a ser secretamente investigada. E logo se soube que a senhora era uma ameaça para o Ocidente por namorar um político da Oposição.
Até aqui tudo bem. Questões de peixe miúdo destinadas a acabar, como de costume, em águas de bacalhau.
E eis senão quando aparece na rede o Balsemão, um tubarão do jornalismo e do PSI20, de quem se diz que tem o currículo manchado por pecados da carne, já que o peixe é pouco dado a práticas pouco católicas.
Aqui chegados, a caldeirada começa a azedar. A criatura aponta o dedo a um carapau de corrida que lhe disputa o trono e anuncia: tribunais! A culpa não morrerá solteira!
O que se seguirá obedecerá ao guião tradicional quando intervém a lusa Justiça: em 2024, douta sentença condenará a 30 dias de prisão com pena suspensa a ucraniana Miguelova Silverina Carvalhosa Relvinsky, técnica de higiene e limpeza contratada pelos serviços secretos portugueses em regime de 'out-sourcing', por não ter limpo convenientemente o teclado do computador onde foram elaborados em 'word' os relatórios que se queriam secretos e se tornaram públicos. A sentença transitará imediatamente em julgado e as custas do processo ficarão a cargo dos contribuintes.
A paz voltará ao aquário e a vida continuará correndo ('ongoing', como se diz em inglês técnico)...

sábado, 26 de maio de 2012

DÚVIDAS

Vi e ouvi, ontem, em directo no canal televisivo da Assembleia da República, a audição do juiz conselheiro Carlos Moreno na 'Comissão Parlamentar de Inquérito à Contratualização [Sic!], Renegociação e Gestão de Todas as Parcerias Público-Privadas do Sector Rodoviário e Ferroviário'. O depoimento foi longo e absolutamente esclarecedor.
Mas fiquei com uma dúvida: por que razão é tão baixa a população prisional portuguesa?
Dei, igualmente, a melhor atenção às intervenções dos deputados do PS e - embora sabendo que foram escolhidos por um tal J. Sócrates, o que, à partida, é uma mancha indelével no 'pedigree' de qualquer mortal - fiquei com outra dúvida: por que razão os contribuintes portugueses subsidiam as refeições de perdiz, lebre, porco preto alimentado a bolota, wiskies de vinte anos a gente desta que mereceria, no limite e por uma questão de caridade, uma refeição ligeira na 'Sopa do Sidónio'?

MAIS UM 'ESTADISTA' PÓS-MODERNO


Jovem mascarava-se de Obama para fazer Berlusconi rir

A dominicana Marysthelle Polanco, uma das jovens que participou nas festas privadas de Silvio Berlusconi, contou hoje em tribunal que chegou a mascarar-se de Barack Obama para "fazer rir" o ex-primeiro-ministro italiano.
DN

DE OUTROS

MIGUEL SOUSA TAVARES
Expresso/Revista

MENU DE CRISE


Menu de luxo na Assembleia da República

Perdiz, porco preto alimentado a bolota e lebre são alguns dos produtos exigidos pelo Caderno de Encargos do concurso público para fornecer refeições e explorar as cafetarias do Parlamento.
Das exigências para a confecção das ementas de deputados e funcionários constam ainda pratos com bacalhau do Atlântico, pombo torcaz e rola, de acordo com o documento a que o CM teve ontem acesso. O café a fornecer deverá ser de "1ª qualidade" e os candidatos ao concurso têm ainda de oferecer quatro opções de whisky de 20 anos e oito de licores. No vinho, são exigidas 12 variedades de Verde e 15 de tintos alentejanos e do Douro.
É também especificado que o mesmo prato não deve ser repetido num prazo de duas semanas. O Caderno de Encargos do concurso, que termina em Junho, estabelece que a qualidade dos produtos vale 50%, o preço 30% e a manutenção 20%.
CM
(Percebo agora melhor por que razão aquele deputado do PS, magistralmente caracterizado por Maria José Nogueira Pinto, quer que o restaurante abra também para servir jantares.)

O RELVADO - VISTA PANORÂMICA


SOLIDARIEDADE COM A GRÉCIA


http://solidariedadegrecia.weebly.com/

http://nagreciaopovoequemaisordena.com/


http://www.youtube.com/watch?v=eN05Bj_wycw&feature=related

sexta-feira, 25 de maio de 2012

GRÉCIA - A SOLUÇÃO FINAL


Músico grego salta para a morte com a mãe de 90 anos

Um músico grego de 60 anos atirou-se da janela do quinto andar onde residia, levando consigo a mãe de 90 anos, num caso de duplo suicídio que chocou Atenas na manhã de quinta-feira. Antes de saltar para a morte, o homem, desempregado há dois anos e a sobreviver com os 340 euros da pensão da progenitora, deixou uma mensagem num site de partilha de poemas em que fazia menção aos efeitos da crise no país europeu.

NOTÍCIAS DO RELVADO




Ex-espião jantou com Miguel Relvas

Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares jantou com Jorge Silva Carvalho, na Quinta do Lago em agosto de 2011, mas no Parlamento disse que só tinha estado na presença do ex-expião em abril de 2010.
EXPRESSO



O CRIME DA JORNALISTA


Caso das secretas
Relvas terá ameaçado revelar que jornalista vive com político da oposição
O jornal Público publica esta sexta-feira um  esclarecimento sobre o "caso Relvas", divulgando a ameaça de revelar na internet dados da vida privada da jornalista que o ministro terá feito
VISÃO





NOTÍCIAS DO RELVADO



Adjunto de Miguel Relvas demite-se

Nos telemóveis de Jorge Silva Carvalho, o Ministério Público (MP) encontrou mensagens trocadas com o ex-jornalista Adelino Cunha, adjunto do gabinete do ministro Miguel Relvas. Entre 8 e 15 de Setembro de 2011, o adjunto e o ex-espião combinam falar através de um telefone fixo, é referida uma ligação através dos telefones da Presidência do Conselho de Ministros e concordam em encontrar-se para beberem um café no Hotel Tivoli


Sábado

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Fernando Lopes, cineasta improvável, com um copo na mão e o barulhinho do gelo



…eu sou um grande ouvidor de histórias, não só de histórias mas de confidências…que eu , de certo modo, transfiguro em imagens e sons, ou tento transfigurar em imagens e sons…e para isso há o lado convivial, há o lado…fiz isso durante muitos anos, sempre com o copo na mão e com o barulhinho do gelo… que é uma música muito particular, simultaneamente sonora e imaginativa, um bocado como o canto da sereia…
(Fernando Lopes, em “ Fernando Lopes, provavelmente”, de João Lopes)


 Como eu gostava de ter conhecido o Fernando Lopes, o “cineasta improvável”, eu que conheço os seus filmes quase plano a plano, sequência a sequência, de tanto os ter viajado. Para falar com ele assim de “duas ou três coisas”
Lembro-me de uma amiga, que mora por ali, contar-me aqui há tempos, pelo fim de uma tarde: O Fernando Lopes estava sentado à porta da Alga, sozinho, com um copo na mão… encontro-o muitas vezes, quase sempre sozinho, à porta da Alga, por ali… para ali!... E de outra vez: hoje trazia um chapéu, um chapéu preto, de feltro, e não me pareceu nada bem... um cigarro, um copo na mão…
Sozinho, à porta da Alga, a não parecer nada bem... Fiquei a pensar no Fernando Lopes, pelos fins de tarde, sentado à porta da Alga “com um copo na mão e o barulhinho do gelo”: um dia vou ter com ele, meto conversa! Como não faz nem a mínima, não me conhece nem deste nem de outros quaisquer carnavais, vou ter de pensar num estratagema qualquer. Talvez entrar na Alga, sair também de copo na mão, ir para ao pé dele, dizer boa tarde, ”o barulhinho do gelo” como senha, como salvo-conduto, atrever-me, talvez, a citar alto o Joseph Roth, A Lenda do Santo Bebedor: “Que Deus nos dê a todos nós, os bebedores, uma morte tão suave e tão bela”− o santo e a senha!… se não me pedir logo, delicadamente, que vá ali ao balcão do Gambrinus ver se está lá, talvez me diga com um sorriso, generosamente, como diz aos seus amigos: “senta aí!”... “melancólico de manhã, litigante de tarde”, não esquecer!... teria de lhe confessar a minha irrecomendável condição actual de bebedor “bissexto” que é também, no que respeita aos filmes que (não) vão fazendo, a condição dos cineastas portugueses no geral: “cineastas bissextos”… a conversa talvez engrenasse por aí, talvez não… talvez mais pela confidência que tinha a fazer-lhe, o recado que lhe levava: parecia-me imoral que, descontando o Cerromaior do Luís Filipe Rocha, o Alentejo das pequenas vilas, das pequenas vidas, nunca tenha sido filmado como deveria, e só ele o poderia fazer!... eu “sabia”, que só ele, um “cineasta improvável”, e também provavelmente por isso, o poderia fazer (o Felinni de Os Inúteis também poderia!)… o poderia ter feito!... Sabia-o há muitos anos, tivera essa intuição, ao ver na cinemateca “As pedras e o tempo”… filmar aquele Alentejo de “geografia variável”, situado ali assim, nem sequer estranhamente, entre o Kafka e o Manuel da Fonseca… talvez depois subíssemos a Av. de Roma e ficássemos no Vava a conversar e deixássemos que a noite fosse entrando, que tudo fosse assentando, num “pacto de sal”, e eu lhe contasse das vilas do Alentejo e dos seus anos de cinza, dos seus “conspícuos habitantes” (Salve J.M.!), daquela galeria de personagens talhadas no tempo, com sede de tudo, remordendo  culpas, joeirando um remorso qualquer… a ter enlouquecido e ir namorar de chapéu alto, a ir preso, a voltar de ter ido preso, a  ficar “de quarentena”, a contar do Tarrafal, a esperar pela camioneta da tarde, pela camioneta da tarde, pela camioneta da tarde… a transformar-se em poeira, em desmemória, em retrato encardido…
Vê lá, vinha a lembrar-me de tudo isso quando voltava do Palácio  Galveias onde já nem sequer estavas quando cheguei: estás a ver, às vezes não podemos mesmo “dar tempo ao tempo”, como pedias para os teus filmes e também, já agora: eras provavelmente o único cineasta (que raio de expressão mais “estratosférica”…) que, quando estreava, eu não deixava para o dia seguinte ir comover-me com o teu trabalho, com o que tinhas feito, com o que nos tinhas feito… e nem sabes a falta que isso me fica a fazer!
Mas a gente vê-se, que remédio! um copo na mão e o barulhinho do gelo

Casimiro Branco