segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

OS FUTEBÓIS


Gosto de futebol, mas quando vejo a minha equipa ganhar ao Sportem por um golo e com quatro penaltis perdoados pelo árbitro, fico enojado.
Gosto de futebol, mas quando sei da compra de árbitros com putas e champanhe, fico enojado.
Gosto de futebol, mas quando vejo um defesa central oferecer um penalti ao adversário, no último minuto de jogo, ou quando vejo o mesmo protagonista meter um golo 'esquisito' na própria baliza, fico enojado.
Este futebol de cloaca não é a 'minha praia', expressão que roubo a 'actores' e 'actrizes' de telenovelas com brilhantes carreiras cheias de passerelles e bons lençóis. Apetece-me desistir da 'modalidade', mandar o futebol à merda e poupar umas dezenas de euros mensais.
Mas, depois, vejo as jogadas do Gaitán, as diatribes do miúdo Renato Sanches, a actuação do pé esquerdo do Robben, o samba do Neymar, as jogadas fabulosas do Ronaldo, a magia do Messi, lembro-me das atitudes imperiais do Coluna e do Germano, das defesas impensáveis do Bento, dos golos do Zé Águas, dos feitos do Eusébio... e amanso.
Futebol, futebol é coisa bonita de se ver.
 

BEATÉRIO?



Marcelo ainda não tomou posse e já estão anunciadas uma "missa ecuménica" e uma viagem ao Vaticano. Já agora, por que não mandar construir, com o orçamento da presidência, um 'joelhódromo' Lisboa-Fátima como, em hora de divina inspiração, sugeriu o 'candidato Vieira'? E o regresso à TVI para as dominicais homilias, com o padre Melícias a fazer de Judite de Sousa, não seria uma boa ideia para comunicar com o país, em vez daquela horrível página do feicebuque publicada pelo seu companheiro de sempre e antecessor nas funções?

domingo, 28 de fevereiro de 2016

NASCER NA PRAIA, MORRER NA PRAIA

Foto: Ana Rita Martins

A INAUDITA GUERRA DAS LOJAS DOS AVENTAIS

Liderança das secretas abre guerra na maçonaria

As duas principais obediências maçónicas agitam-se com a hipótese de substituição de Júlio Pereira

EXPRESSO

sábado, 27 de fevereiro de 2016

O ARGUIDO


Na informação sobre a investigação que por aí corre e que envolve altos dignitários da cleptocracia angolana e seus mainatos portugueses, aparece esta notícia extravagante: "Banco Atlântico constituído arguido". E eu fico sem saber quem vai depor no processo. Será a porta de entrada no banco?, a porta do gabinete?, a mesa de reuniões? Ou serão os maduros que entram pela porta de entrada, fecham a porta do gabinete,  se sentam à mesa de reuniões, sacam dos detergentes e põem a 'máquina' a funcionar?  

BACORADAS DE ESQUERDA


De vez em quando, o Bloco tem umas saídas parvas. Agora, vem com esta do Jesus e dos seus dois pais.
Será excesso de charros na secção de Agit-Prop? Será que o Bloco está preocupado porque há demasiada gente que leva o partido a sério? Será que não quer deixar o monopólio das bacoradas ao camarada Arnaldo Matos, grande educador da classe operária? Ou precisa de explicações para conseguir distinguir um jornal satírico de um partido político? 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

DIVULGAÇÃO

Marta Menezes

28 Fevereiro, 17 h

Centro Cultural de Belém 
Pequeno Auditório (Lisboa, Portugal)
Obras de Chopin, Schumann, Seixas and Fragoso

A GUILHOTINA ELEGANTE

Como eliminar ideias num século tão limpinho? - eis a questão

- Caríssima Vossa Excelência e, com a Vossa licença, eis o que eu decreto: vou decapitar a teoria que está presa à cabeça de uma certa pessoa.
- Decapitar? Uma ideia? E com que guilhotina?
- Com uma guilhotina atenta.
- Atenta? Que belo adjectivo para uma...
- Com uma guilhotina elegante. Uma que faça cortes exactos, precisos. Cortes educados, eu diria.
- E isso significa que tal guilhotina seria capaz de cortar a teoria de uma cabeça sem cortar a cabeça propriamente dita?
- ... pelo menos foi isso que encomendei ao construtor de guilhotinas deste século. Enfim, Vossa Excelência entende do que estou a falar...há ideias por aí que não me agradam e não sei como resolver o assunto.
- Guilhotinar uma cabeça produz muito sangue, uma porcaria, portanto, falta de higiene... E essas questões... para este século XXI, século civilizado...Uma guilhotina para uma ideia particular, é isso?
- É isso.
- Não se trata portanto de guilhotinar apenas uma parte da cabeça...
- Não...É guilhotinar apenas uma ideia, uma ideiazinha. Não somos nenhuns selvagens.

(Extracto)

POIS É, A HISTÓRIA NÃO TEM FIM...


Viginia McLaurin:"Estou tão feliz. Um presidente negro. Uma primeira-dama negra. E aqui estou eu, a celebrar a História negra".

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

POR UM SNS SUSTENTÁVEL - PREVINA A DOENÇA!

Praticar sexo oral a uma mulher pode ser benéfico no combate ao cancro, segundo um estudo da State University of New York publicado na revista Cancer Treatment Research.

De acordo com a investigação referida na imprensa, durante o cunnilingus, o sexo feminino segrega oxitocina e uma hormona (DHEA), sendo que ambas funcionam como 'escudos anticancerígenos', ou seja, previnem o cancro à pessoa que realiza a prática sexual.

Além da proteção relativamente ao cancro, essas substâncias poderiam constituir uma defesa efetiva contra algumas doenças cardiovasculares, reforça o estudo.
Diário Digital

O MUNDO ESTÁ PERIGOSO

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

BEATÉRIO?

Marcelo Rebelo de Sousa vai participar numa celebração ecuménica em sentido lato na Mesquita de Lisboa na tarde de dia 9 de Março, dia em que toma posse como Presidente da República, sabe o PÚBLICO. A iniciativa, inédita em Portugal, está a ser organizada para assinalar a sua posse e tem como objectivo chamar a atenção para a necessidade de entendimento entre religiões e culturas.
O objectivo é concentrar atenções e apelar à busca de uma solução para o drama dos refugiados do Médio Oriente que têm fugido para a Europa. Mas também significará uma manifestação contra os ataques terroristas que têm surgido na Europa e por todo o mundo.
A celebração interreligiosa da Mesquita de Lisboa terá a participação, além de muçulmanos e de cristãos, católicos, evangelistas e adventistas, estarão ainda presentes outras confissões religiosas como judeus e budistas, devendo estar representadas cerca de duas dezenas de igrejas, dentro de um espírito ecuménico que bebe na doutrina do Vaticano II, cara a Marcelo Rebelo de Sousa, assumidamente católico.
Público
(Embora sabendo que em nome das religiões se praticaram, e praticam!, os crimes mais repugnantes contra a Humanidade, acho que não vem mal ao mundo se uns crentes, de joelhos e mãos postas ou de rabo para o ar, pedirem aos deuses para acalmarem os rebanhos. Mas é bom que o novo Chefe do Estado se não esqueça que PORTUGAL É UMA REPÚBLICA LAICA.)

APRESENTAÇÃO


A AMORBA- Assoc. Movimento Pró Região Baixo Alentejo apresenta-se ao público na Casa da Cultura em Beja este sábado, dia 27, pelas 16.00H

DE OUTROS



O destino de Portugal é ajoelhar

Camilo Lourenço
Jornal de Negócios

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A COR DO DINHEIRO

Magistrado preso por corrupção 
Procurador Orlando Figueira suspeito de receber luvas. Por Henrique Machado 
Orlando Figueira, procurador da República, foi esta manhã detido pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária sob suspeita de recebimento de subornos e branqueamento de capitais. Em causa, apurou o CM, estão luvas superiores a um milhão de euros para 'matar', sob o pretexto da "falta de provas", processos relacionados com altas figuras de Angola - arquivando diretamente, como fez, ou levando ao arquivamento posterior de cerca de uma dezena de inquéritos que corriam, até 2012, sob a alçada do magistrado no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). O advogado Paulo Blanco, defensor dos interesses do estado angolano em Portugal, também é suspeito de branqueamento de capitais no mesmo processo que foi detido hoje de manhã o ex-procurador do DCIAP Orlando Figueira. Paulo Blanco está a ser alvo de buscas da PJ. As suspeitas de más práticas intencionais do procurador, sabe o CM, incidem sobre os mais mediáticos processos que investigou sobre Angola - nomeadamente aqueles que visavam, por eventuais crimes económicos, o atual vice-presidente daquele país, Manuel Vicente; Álvaro Sobrinho, ex-presidente do BES Angola; o general Bento Kangamba; ou a suposta burla, de cerca de 500 milhões de euros, para a compra da maioria do capital do BANIF em Portugal. O procurador, recorde-se, goza atualmente de uma licença sem vencimento do Ministério Público depois da polémica saída do DCIAP, em 2012, diretamente para trabalhar em Angola - junto daqueles que investigara em Portugal, sem fazer qualquer período de nojo. No último ano, passou ele - que entretanto pregava contra os malefícios da corrupção em palestras em Angola - a estar sob investigação do próprio DCIAP, impulsionada e acompanhada de perto pelo diretor Amadeu Guerra. Faltava provar - o que a PJ entretanto fez - as ligações suspeitas entre o magistrado e alguns daqueles que ele investigara; bem como apanhar o rasto do dinheiro, que, de forma faseada, Figueira foi recebendo por 'matar' determinados processos.
CM
(Nota curiosa: O 'DN' e o 'Público' também dão a notícia, mas omitem os nomes dos 'investidores' estrangeiros. Porque será?)

POLVO DA SILVA

'A Polícia Federal [brasileira] aponta para ‘possível envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em práticas criminosas’.
(Isto é capaz de ser cabala. Então não se vê logo que o homem tem as mãos limpas?)

ULMEIRO


Não votei Marcelo e queria, mesmo, que Marcelo perdesse as eleições para a Presidência da República, por isso votei Sampaio da Nóvoa. Mas sempre disse que entre Marcelo e Cavaco havia as suas diferenças. E está a ver-se. Marcelo foi à 'Ulmeiro' comprar livros e ajudar a salvar a livraria. Cavaco nunca ouviu falar da 'Ulmeiro' nem sabe o que é um livro (para além dos livros de contabilidade, economia e finanças, evidentemente. Ah! lembrei-me agora: também sabe que José Saramago escreveu um livro que metia Evangelho e Cristo. Não o leu mas, dada a ideologia do autor, pelo seguro, proibiu a sua candidatura a um prémio literário europeu). 
Cavaco e Marcelo são de direita e do mesmo partido, mas, como diria Luís Fontoura, estão separados por três quilómetros de livros.

«A PÁTRIA HONRAI QUE A PÁTRIA VOS CONTEMPLA».


Stress pós-traumático afeta 110 mil veteranos
 Movimentos denunciam 1700 militares a viver nas ruas.
 Por Francisco Gomes
 Cerca de 110 mil veteranos de guerra portugueses sofrem de stress pós-traumático e 1700 vivem nas ruas ou em condições muito precárias. A estimativa é de sete associações de antigos militares que estiveram no Ultramar. Joaquim Coelho, presidente do Movimento Cívico dos Antigos Combatentes, uma das associações em causa, denuncia ao CM os problemas que milhares de militares encontram e que "impediram a integração dos militares na sociedade". Segundo o dirigente, há falta de apoio psicológico aos antigos combatentes: "São feitas observações nos centros de saúde, que os encaminham para psiquiatras, mas não atingem sequer um terço do necessário." As associações pretendem que seja realizado um rastreio nacional "para saber quem tem deficiências psicológicas graves", defendendo que seja dado um "complemento de remuneração a quem não tem trabalho estável ou tem pensões mínimas". Em relação aos sem-abrigo, Joaquim Coelho indica que um levantamento efetuado em diversas cidades do País revelou a existência de "1700 ex-combatentes a viverem nas ruas, de onde não querem sair por terem vergonha". "Temos um projeto para aproveitar aquartelamentos militares que estejam vazios e instalações desocupadas para acolher estas pessoas", anuncia Joaquim Coelho.
CM

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

AQUI HÁ GATO

Leio nos jornais:

"Vítor Bento aconselha Governo a estudar nacionalização do Novo Banco" 

Um neoliberal e conselheiro cavaquista a pedir a nacionalização de um banco? Fico desconfiado, muito desconfiado. Pelo sim, pelo não, já escondi a carteira. 

VIVER COM DIGNIDADE, MORRER COM DIGNIDADE



http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT80137

A NOSSA 'URSINHA' DE OURO

Leonor Teles ganhou o urso de ouro, na secção de curtas-metragens, do Festival de Cinema de Berlim, com «Balada de um Batráquio»

domingo, 21 de fevereiro de 2016

CINCO MINUTOS DE JAZZ, CINQUENTA ANOS DE JAZZ

 O jazz apenas é. Quem gosta, gosta, quem não gosta, não gosta. - José Duarte (DN)

SUGESTÃO


sábado, 20 de fevereiro de 2016

DE OUTROS

O homem de quem se não gosta
Entrevistados pelas televisões, dois representantes de associações militares disseram, alto e bom som, que não reconheciam o dr. Cavaco como supremo comandante das Forças Armadas. E aduziram um aluvião de razões para justificar a abominação. Não deixa saudades, acrescentaram. O desprezo pelo homem que vai embora, não tarda, é transversal à sociedade portuguesa. Nas artes, nos ofícios, nos serviços, nunca um Presidente da República foi tão condenado. E a culpa é dele próprio: tolamente arrogante, autoritário, ignorante e inculto, desajeitado e impositivo, ele representa o que de pior o português em si encerra. Acresce que nos longos anos que esteve no poder, como primeiro-ministro e, depois, Presidente, cometeu tolices, injúrias e disparates, fruto dessa soberba e dessa ignorância que deram azo a histórias e anedotas devastadoras. Quando falava, nada dizia para um povo já informado, atento e sarcástico.

A separação a que procedeu, entre os portugueses, foi-lhe fatal, desde o princípio. Ficou famosa a frase "Deixem-nos trabalhar!", e a foto dele e dos seus colaboradores, em mangas de camisa, muito atarefados e zelosos. Era primeiro-ministro e logo nos apercebemos de que, do país e de quem cá vive, ele pouco entendia. No entanto, possuía uma imagem de gravidade até às orelhas, um penteado à Cary Grant e umas camisas muito brunidas; tudo isso contava, numa terra onde o respeitinho é muito bonito.

Agradou logo àqueles que, moldados pelo salazarismo, constituíam a zona mais cinzenta e reaccionária de entre nós. Portugal ainda vivia nas sombras de um passado nefasto e entre os medos uma revolução interrompida. A Igreja e os senhores da finança desempenharam, aqui, um papel crucial. A satisfação dessa parte da sociedade rejubilou, quando ele, numa atitude sórdida, premiou, com reformas opíparas, antigos agentes da PIDE, e recusou uma pensão de sangue à viúva de Salgueiro Maia, um dos impolutos capitães de Abril. 

É preciso relembrar que este homem, tacanho por natureza e educação, nunca tomou a mais leve atitude contra o fascismo, é o produto típico de um prazo e de uma época ainda não dissolvidos por completo, e que demonstra extrema dificuldade em adaptar-se aos tempos outros. Pessoalmente, chego a ter compaixão por esta desgraça ambulante, que nunca sabe onde meter as mãos, que nunca está à vontade em nenhuma parte, e que parece não entender coisa alguma.

Mas não pode ficar isento de culpas. A natureza profunda das suas acções a comportamentos não se associa às características da democracia. A guerrilha estabelecida contra José Sócrates é um dos episódios mais desacreditantes do seu mandato; e a utilização do verbo "indicar", em vez do "indigitar", quando aludiu a António Costa, para primeiro-ministro, fornecem o retrato moral do indivíduo e a dificuldade ostentada para aceitar o inevitável.

O rol das indigências do dr. Cavaco é enorme e nada nele serve de exemplo positivo. Serviu quem muito bem entendeu, e nunca foi o Presidente de todos os portugueses. Pelo contrário: fraccionou a sociedade portuguesa, e não teve uma palavra de desagrado quando assistiu à debandada de jovens portugueses para o estrangeiro, resultado de uma política velhaca que ele apoia com desfaçatez.

Não deixa saudades, de facto. Adeus. 
Baptista-Bastos
Jornal de Negócios

UM IMENSO ADEUS

UMBERTO ECO
HARPER LEE

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

"SSocial-democracia, SSempre"

A intervenção de César das Neves [nas jornadas parlamentares do PSD] acabou como começou, provocadora, numa alusão ao tema do painel. "Querem caminhos seguros para um crescimento económico duradouro? Dou-vos um conselho: 'o comércio e a indústria tiveram durante algum tempo disponibilidades enormes: parecia que os comerciantes não acabavam de enriquecer. Todas as empresas pareciam prósperas; afinal muitos vieram a verificar que se tratava de riqueza ilusória e estavam na realidade empobrecidos: tinham distribuído e gasto o próprio capital. (...) Todos estes males têm somente uma cura - a estabilização da moeda, e esta é impossível independentemente da solução do problema financeiro". Pouco depois divulgava o autor da frase: "É de António Oliveira Salazar". E durante uns minutos a tela da sala ficou ocupada por um powerpoint com a cara de Salazar no canto inferior direito.
DN

A PAISAGEM DEPOIS DA BATALHA

Desce-se os Restauradores e falta a "Clássica". Entra-se no Rossio e já lá não está a "Diário de Notícias". Na Rua do Ouro, a "Rodrigues" fechou. Na rua do Carmo, a "Portugal" deu lugar a uma padaria modernaça e, depois, a uma loja indefinida. No Chiado, a "Sá da Costa" é uma saudade, a "Diário de Notícias" finou-se e a "Moraes" há muito entregou a alma ao Criador. Mais acima, a "Guimarães" passou à História, a "Opinião" jaz morta e apodrece, a "Libris" já foi. A "Barateira" e outros alfarrabistas "deslocalizaram-se" para o cemitério dos Prazeres.
Falo de livrarias e é esta a paisagem depois da batalha da "concentração" e do "progresso". Leis dos "mercados", dizem.
Oremos, irmãos.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

DE OUTROS

Os intelectuais portugueses emudeceram; as televisões a eles não se referem, exatamente porque inexistem, pior do que não existirem. Onde o protesto, o abaixo-assinado, a indignação?, onde?
(...)
Deixou de haver jornalistas, no exacto sentido da nobre palavra. São meros microfones esticados, ou, pior, explicações de "economês" bastardo. O idioma sofre tratos de polé, com a aparente simplificação ortográfica. Nada no-lo é explicado. Só conheço, e mal, um programa de literatura?, praticamente uma charada. São às dezenas os de futebol, ligeirinhos, ligeirinhos; e os de futilidades sem nexo nem sentido. "Que Portugal se espera de Portugal?", perguntava, há anos, o grande poeta Jorge de Sena. Estranhamente, a pergunta permanece, como chaga inquietante que se não atenua. É isto que querem?
Baptista-Bastos
CM

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O MEU BAIRRO

Não foi por vontade de deus, foi por vontade dos meus pais: aos três anos de idade, fui viver para uma zona da cidade confinando com bairros de paisagem tipicamente salazarista - miúdos com fome, camisolas remendadas, calças rotas, pé descalço, vernáculo variado.
Sem carros nem pedófilos por perto, recebi carta de alforria com um paternal e  solene aviso: "Se chegas a casa a chorar, deixas de ir para a rua". Logo, logo não percebi, mas desconfiei que devia ser coisa séria. E era.
Na saída inicial e iniciática para reconhecimento do terreno e primeiro contacto com os indígenas, tímido ainda, fui confrontado com uma estranha forma de iniciar relações de amizade: uns sopapos, uns carolos, uns pontapés, o bibe rasgado. Foi o meu baptismo de fogo. (Visitas às freiras-enfermeiras do hospital para aplicação de 'gatos', nome carinhoso dos agrafes, e conserto da cabeça partida por pauladas ou pedradas, seria mais tarde, depois de acesas guerrilhas com pessoal de bairros vizinhos para expansão de zonas de influência ou em acções de retaliação por maus resultados desportivos nos jogos da bola muda-aos-cinco-acaba-aos-dez). As perguntas curiosas e os abraços vieram depois. Passei em todos os testes e fui admitido como membro de pleno direito do gangue dos capitães da calçada (não havia areia nem mar e o Jorge Amado só me apareceria muitos anos depois).
A recepção em casa é que não foi apoteótica: lamentos pelo (mau) estado do meu físico, pomada nas nódoas negras, álcool e tintura nos arranhões, ralhete pelo bibe rasgado e, o pior, ameaças de não voltar à selva. Aqui, estremeci. Mas logo me enchi de coragem e gritei: "Mas não chorei!". Foi a minha salvação. No dia seguinte estava na rua outra vez. 

OS SEGREDOS DA JUSTIÇA

Mulheres Juristas acusam juíza do caso Bárbara/ Carrilho de preconceito

Associação de juristas considera que magistrada fez uso de "pré-juízos desconformes com o legalmente estipulado"

LER MAIS: http://www.dn.pt/sociedade/interior/mulheres-juristas-acusam-juiza-do-caso-barbaracarrilho-de-preconceito-5030983.html

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

DE OUTROS

O PSD foi estruturado numa mistura insólita de proveniências. Nele se acolheram republicanos sossegados, fascistas à procura de telhado, dissidentes do salazarismo à espreita de melhor futuro e desempregados da política. Esta "mixurucada" era uma confusão de tal ordem que o próprio Sá Carneiro com ela não se entendia. E disse-o a quem o quis ouvir. Afastou-se, foi a Londres, adoeceu ou não, e, depois, impôs o seu estilo e ânimo a um partido que, rigorosamente, não existia. O partido era Sá Carneiro, tal como ele concebia a sociedade e o mando. De social-democracia, nem o cheiro. Aliás, não é de estranhar: poucos sabiam o que a definição queria dizer. E nunca mais nenhum curou de saber. Os discursos e as notas políticas de Sá, reunidos em volumes, nada adiantam, e, pior, não esclarecem o seu pensamento. Não é grave; simplesmente, é o que é.

Os sucessivos primeiros-ministros que lhe sucederam não contribuíram para o esclarecimento da coisa. Repito: apenas Balsemão, por temperamento, espírito democrático e algumas leituras, e, também, por se aperceber dos novos ventos da História, queria pertencer a outro tempo. Sei muito bem do que falo. E muito mais.

Pedro Passos Coelho disse por dizer aquelas frases sobre a social-democracia. Ele percebe não possuir foças suficientes para mudar o rumo, ancilosado, de um partido que nunca poderá ser social-democrata, até pelas origens da sua fundação e porque não faz sentido algum. Alguns "companheiros" irritaram-se, mansamente embora, pela deriva e assunção direitista claramente assumidas por Passos Coelho, na obediência tola aos ditames alemães. Só isso, e nada mais.

Espancou o país, note-se: os mais pobres e desfavorecidos, e ganhou as eleições. Não é totalmente surpreendente. Com um PS como este, cheio de armadilhas e ciladas, mais propenso ao remanso do que à luta, declaradamente conservador e plácido (exemplos: Seguro, Beleza e Assis, entre outros) nada é improvável. Acresce a comunicação social, um molusco desacreditante, e aí estão as causas das coisas.
Baptista-Bastos
Jornal de Negócios

JACINTO LECHE CAPELLO RIEGO

La Guardia Civil busca pruebas de financiación ilegal en la sede del PP de Madrid

Los agentes registran las casas del exgerente y un empresario, además de tres oficinas

El País

OS NÓS DOS CAMINHOS

CM

domingo, 14 de fevereiro de 2016

ZIKA


À ATENÇÃO DA OMS

Causa microcefalia , pode destruir uma geração, há muito chegou à Europa. Chama-se Wolfgang Schauble, Zika para os amigos.

LAVANDARIA


LAVANDARIA

Comissão Europeia questiona Portugal sobre compra da Efacec por Isabel dos Santos

LUSA 
13/02/2016 - 12:32
Em causa está o cumprimento de legislação de prevenção do branqueamento de capitais.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

POSTAL

Iker,

Considero-te um campeão. E não só pelas tuas grandes exibições na baliza do Real Madrid e da selecção espanhola, mas, também e sobretudo, porque foste dar a mão ao Eduardo, guarda-redes derrotado, injustamente, no mundial da África do Sul; porque mostraste ao mundo que um beijo na Sara Carbonero, o teu amor, era mais importante do que um troféu dourado entregue por um mafioso da FIFA; porque assumiste uma atitude de grande dignidade, quando um treinador português, miseravelmente, te crucificou na praça pública.
Bom, mas pela exibição portentosa que fizeste, ontem, no estádio da Luz, vejo-me obrigado a dizer-te que foste um grande sacana para a nação benfiquista na qual, orgulhosamente, me incluo. E só te desculpo porque voltaste a mostrar que continuas a ser um grande campeão.

AO FIM DE TRINTA ANOS, FINALMENTE, PERCEBEMOS

                    Popularidade

EXPRESSO

OS NÓS DOS CAMINHOS

Miguel Relvas e Sérgio Monteiro na lista de contactos proibidos do caso Veiga

São os dois únicos nomes de políticos portugueses que aparecem mencionados no processo-crime que levou à prisão do ex-agente de futebol José Veiga e ao pagamento de uma caução de um milhão de euros pelo seu sócio Paulo Santana Lopes. Na lista de contactos com quem o irmão do ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes foi proibido de falar pelo Ministério Público constam Miguel Relvas, atual consultor de negócios e ex-ministro adjunto de Passos Coelho, e Sérgio Monteiro, consultor do fundo de resolução do Novo Banco depois de ter sido secretário de Estado dos Transportes nos últimos quatro anos.
EXPRESSO

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

FUTEBOL E TEMPO DE ANTENA

Porra que já chateia...É tal o vício que as televisões têm de convidar comentadores de direita que, até para a 'análise' do Benfica-Porto, a Sic-Notícias convidou dois maduros do CDS - Diogo Feio e Telmo Correia. Não podiam ter-se lembrado de convidar a Maria Teresa Horta e o Miguel Guedes?

SUGESTÃO


DE OUTROS

O homem do dedo em riste voltou a atacar. "Estamos atentos aos mercados financeiros e acho que Portugal não pode continuar a perturbar os mercados", disse ontem Wolfgang Schäuble. Se o problema era o nervosismo dos mercados, o ministro alemão deve ter acalmado, deve. Ontem, o italiano La Repubblica: "Profundo Vermelho na Bolsa"; o espanhol El Mundo: "Os Mercados Duvidam da Solvência do Deutsche Bank"; o francês Le Monde: "Ações da Societé Général Mergulham"... Meu Deus, Costa, põe mão no Centeno, que a Europa não aguenta! O papel de Portugal nas finanças mundiais é tremendo. Portugal não é a minhoquice de Espanha (onde as perdas do IBEX, este ano, são só cem mil milhões de euros...), não, nós somos capazes de ondas gravitacionais negativas como só Schäuble e Einstein são capazes de prever, a cem anos ou já para a próxima crise.
Ferreira Fernandes
DN

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

CONDECOREM-SE UNS AOS OUTROS! (DE PREFERÊNCIA, COM A GRÃ-CRUZ DA ORDEM DAS CALDAS)

A incompetência de Gaspar, segundo Gaspar

E o merecido reconhecimento público dos 'mercados':


Vítor Gaspar vai ser condecorado pelo Presidente da República

VAZIOS LEGAIS, COFRES CHEIOS

Corrupção. Conselho da Europa quer mais prevenção entre deputados, juízes e procuradores

O Conselho da Europa insta as autoridades portuguesas a reforçarem a prevenção da corrupção nos regulamentos que regem a actividade profissional de juízes, procuradores e deputados, por considerar que subsistem muitos vazios legais e pontos polémicos.
As recomendações, divulgadas esta quarta-feira, constam de um relatório de avaliação elaborado pelo órgão anticorrupção do Conselho da Europa - o GRECO - sobre as medidas de prevenção da corrupção implementadas em Portugal relativamente aos grupos profissionais de deputados, juízes e procuradores.
RR