
“É um pouco abusivo, sobretudo redutor e, direi, fechado de horizonte, equacionar as coisas como se tratasse de uma grande manifestação de autómatos”
JOÃO CRAVINHO
«Não basta fazer uma viragem à esquerda no discurso político - que é, obviamente, importante e mesmo decisiva - para enfrentar a crise e a vencer. É preciso que o conhecimento da crise, nas suas causas e consequências, chegue às pessoas, aos trabalhadores desempregados, aos que estão desesperados com a falta de perspectivas e com os horizontes completamente fechados que se lhes apresentam e às suas famílias. Ouvi-los, repito, dar-lhes esperanças fundamentadas e mostrar-lhes como se lhes pode valer, a prazo. Se isso não ocorrer: mais diálogo, mais concertação social, mais ajudas concretas para tantos casos humanos dramáticos, tudo o resto que se diga ou faça - neste momento tão difícil - é completamente supérfluo e dispensável. Pondere-se nisto.»
MÁRIO SOARES