sexta-feira, 18 de novembro de 2016

UM BOM PRINCÍPIO

Sete detenções no curso de Comandos

Sete responsáveis do 127.º curso de Comandos foram detidos para serem interrogados já como arguidos. Trata-se de cinco oficiais e dois sargentos, entre eles está o médico do curso e o diretor responsável pela formação destas tropas especiais.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, estes militares são suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física (art.º 93.º do Código de Justiça Militar). "As investigações prosseguem, estando em causa factos suscetíveis de integrarem os já referidos crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física bem como de crimes de omissão de auxílio (art.º 200.º do Código Penal)".
Segundo o Código de Justiça Militar, os crimes de ofensa à integridade física, nos casos de morte, podem dar origem a uma pena entre os oito e os 16 anos de prisão.
EXPRESSO

MP conclui que militares detidos estavam “movidos por ódio patológico e irracional”

Cândida Vilar, a procuradora titular do caso das mortes no 127.º curso dos Comandos, considera que os militares indiciados esta quinta-feira pelo Ministério Público trataram “os instruendos como pessoas descartáveis”, lê-se no despacho.
No documento é referido que face aos indícios da prática dos crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física, “à personalidade dos suspeitos, movidos por ódio patológico, irracional contra os instruendos, que consideram inferiores por ainda não fazerem parte do Grupo de Comandos, cuja supremacia apregoam, à gravidade e natureza dos ilícitos”, o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa entende que existe “perigos de continuação da atividade criminosa e de perturbação do inquérito”.
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