sábado, 19 de novembro de 2016

O FASCISMO RASCA E RIDÍCULO QUE NOS CALHOU


O diário do cartoonista mulherengo que explicou à PIDE o que era o humor

"Incorrigível e manhoso"
José Vilhena publicou dezenas de livros, todos interditos pela censura, onde criticava o clero e o Estado Novo e onde desenhava figuras femininas seminuas. Os censores encaravam-no como uma afronta permanente à moral e ao regime político. Um dos censores, Joaquim Palhares, chamou-lhe mesmo, num relatório, "o incorrigível e manhoso Vilhena", no despacho onde propôs a proibição do livro Humor Parisiense, em Dezembro de 1965. 

No ano seguinte, em 1966, o cartoonista foi novamente detido pela PIDE, desta vez pelo lançamento dos livros O Beijo e Tenha Maneiras (24 mil exemplares), para as autoridades averiguarem se estariam em causa "crimes contra a segurança do Estado". Desta vez esteve preso em Caxias três meses, tendo tido tempo para camuflar o início de um livro, em escrita quase microscópica, num maço de tabaco Sagres aparentemente cheio.

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