domingo, 30 de novembro de 2014
OS COMENTADEIROS CAPTURADOS
A nacional-aristocracia do comentário está muito preocupada com o crime de violação do segredo de justiça, na 'operação Marquês'.
Crimes de corrupção, branqueamento de capitais, fraude fiscal agravada, posse de arma proibida? Bah! Isso são pequenas questões para alimentar conversas de taxistas.
CHARLATANISMO 'FILOSÓFICO'
"Só deixa de ser livre quem perde a dignidade. Sinto-me mais livre do que nunca"
José Sócrates
Expresso
sábado, 29 de novembro de 2014
FRUTOS DO LARANJAL
-Duarte Lima* condenado a dez anos de prisão por burla no BPN
-Vítor Raposo* condenado a seis anos de prisão
* Ex-deputado do PSD
A MERDA DE REFERÊNCIA
REPORTAGEM
A “melhor prenda de Natal” para Alex foi a chegada do “recluso 44”
ROMANA BORJA-SANTOS (Público)
para quem não leu a reportagem: o Alex é um cão e o recluso 44 é um homem, certamente pouco recomendável, mas com um nome - josé sócrates.
Há dias, o 'Público' também achou por bem oferecer as suas páginas para análise da momentosa questão da cor da pele de António Costa...
Parece que a isto se chama jornalismo de referência. Eu prefiro chamar-lhe jornalismo de merda.
DE OUTROS
«Mais de metade da direita morria de amores por José Sócrates e a elite económica nacional ainda mais»
Maria João Avillez
Observador
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
TESE PARA UM CONGRESSO
Henrique Neto. “Já esperava que Sócrates fosse preso”
Ex-deputado do PS defende limpeza no PS e ruptura com o passado
O ex-deputado do PS Henrique Neto não ficou surpreendido com a detenção do ex-primeiro-ministro. “Há anos que esperava que isso acontecesse. Os indícios eram mais que muitos”, diz ao i o ex-dirigente socialista. Neto lamenta que muitos socialistas “fechem os olhos” e tenham uma” reacção irracional” ao caso que envolve o ex-líder do PS. “As reacções de alguns socialistas são irracionais. Há muitos socialistas que não querem conhecer o que se passou. Fecham os olhos, porque estão moral e eticamente metidos nestas desgraças”. Perante este caso, o ex-dirigente do PS defende que António Costa deve fazer uma ruptura com o passado. “António Costa não será credível no país se não limpar o partido com grande clareza e grande determinação. Sofrerá com os estilhaços do que vier a acontecer com o eng. Sócrates”.
«I»
O ex-deputado do PS Henrique Neto não ficou surpreendido com a detenção do ex-primeiro-ministro. “Há anos que esperava que isso acontecesse. Os indícios eram mais que muitos”, diz ao i o ex-dirigente socialista. Neto lamenta que muitos socialistas “fechem os olhos” e tenham uma” reacção irracional” ao caso que envolve o ex-líder do PS. “As reacções de alguns socialistas são irracionais. Há muitos socialistas que não querem conhecer o que se passou. Fecham os olhos, porque estão moral e eticamente metidos nestas desgraças”. Perante este caso, o ex-dirigente do PS defende que António Costa deve fazer uma ruptura com o passado. “António Costa não será credível no país se não limpar o partido com grande clareza e grande determinação. Sofrerá com os estilhaços do que vier a acontecer com o eng. Sócrates”.
«I»
LEVANTAI HOJE DE NOVO O ESPLENDOR DO ALENTEJO
Cante é Património Cultural Imaterial da Humanidade
Agora sim, já está!
Crónica de Paulo Barriga
Eram precisamente 11 horas e 17 minutos em Paris (menos uma em Portugal) quando o presidente da nona sessão do comité intergovernamental de salvaguarda do património cultural imaterial da Unesco bateu com o martelo na mesa. O cante alentejano já está inscrito na lista patrimonial da Humanidade.
A grande verdade é que, excetuando a referência horária, o parágrafo atrás já estava escrito antes do anúncio. Por precaução. Já imaginava que me faltariam as palavras para descrever o que hoje se passou na sala grande da Unesco, em Paris. E elas ainda me faltam, tal a emoção, a desordem, a comoção que ainda agora me assalta. Para tanto, bastou apenas uma palavrinha, “adotado”. Foi adotado o projeto de decisão 9.COM 10.35. Aquele que mostrou ao mundo a grandeza, a beleza, a perenidade do cante alentejano. Aquele jeito de cantar que o mundo inteiro aplaudiu de pé na sala das nações da Unesco.
E depois, as palavras. Primeiro as do presidente da sessão, “uma candidatura exemplar”. Depois da embaixatriz do Brasil em Paris, que se associou com “alegria e emoção” ao reconhecimento dos cantares alentejanos. E, por fim, as do embaixador Morais Cabral que, em nome da comitiva portuguesa, agradeceu a inscrição do cante da lista do património cultural imaterial da Humanidade, ressalvando a importância deste ato para a salvaguarda da mais emblemática e representativa expressão cultural do Alentejo.
Mas o melhor ainda estava para vir. De repente, sobre o palco da Unesco, uma voz começa a levantar-se sozinha, a de Carlos Arruda, logo acudida pelas restantes 20 vozes do Grupo Coral e Etnográfico de Serpa. E como é que hei de contar a beleza deste momento histórico sem me comover novamente? À minha frente, dentro de uma grande nave-anfiteatro, está o mundo inteiro, pasmado, a escutar os 21 homens que vieram de Serpa cantar a moda “Alentejo, Alentejo”. A canção é poderosa, já o sabemos, mas nesta circunstância particular parece que é arrancada bem lá das entranhas da terra. Como se fosse um abalo, um terramoto de harmonia. De perfeição. Poderoso. Obra do divino.
Escrevo estas palavras, à pressa, o tempo joga contra nós, junto aos camaradas da Antena 1 e da TSF. Estou com eles metido dentro de um aquário de vidro com vista para a sala. Tenho-os escutado, aos radialistas, ao longo destes dias, a tentar descrever a grandeza do espaço onde decorre até sexta-feira esta sessão. Grandioso. Imponente. Majestoso. Adjetivos, todos eles, que se tornam insuficientemente pequenos para narrar com o rigor que o momento exige, a atuação do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa, em homenagem ao mundo inteiro. Principalmente agora que as suas modas, que todas as modas, que todos os cantadores do Alentejo, dentro e fora dele, são património da Humanidade.
Não tarda estamos todos de regresso ao Alentejo, à pátria do cante, onde imagino que a emoção tenha sido tão igualmente vigorosa, quanto aquela que aqui nos estremeceu. Nunca, em toda a minha vida, tinha visto tanto “homem feito” com as lágrimas a correrem-lhes pelas faces, atacados pele felicidade, como hoje vi em Paris. E como, por certo, terá acontecido com todos os amigos do cante. Por esses campos fora. Por esse mundo fora.
O CANTE DA MINHA PÁTRIA

O CANTE DA MINHA PÁTRIA
MORNA, LENTA, PROFUNDA, POLIFÓNICA, A VOZ DA TERRA FALA DE ANTANHO EM SUAVES
MELODIAS MANSAS, ÚNICAS, NUMA MISTURA LONGÍNQUA GREGA- ÁRABE-CRISTÃ MELISMÁTICA E,
DEPOIS, HODIERNA, AMANHADA NO OLHO DAS ERAS.
É O PLANGOR ARRRASTADO DAS GENTES MOUREJANTES, DEBRUÇADAS NA PLANURA,
QUE COMEM A TERRA COM PASSOS DE CADÊNCIA, SÃO REQUEBROS DE CORPOS E ALMAS,
LADO A LADO, DE BRAÇOS APERTADOS, É UM VAGIDO, BRADO, RUFAR, CLAMOR, UMA AFLIÇÃO
E UM GRITO PROFUNDOS RASGANDO AS ENTRANHAS VERMELHAS DE VELHO SANGUE DE GANHÕES
AMORENADOS, AINDA RESIDENTES OU AGORA MIGRANTES.
É O CANTE, EXPRESSÃO DOS LONGES, QUE PENETRA SENTIMENTOS DE RAIZ DE ORIGEM QUASE
ANIMAL, É O ÓVULO E O SEMEN QUE ME GERARAM.
ESSE CANTAR, DEPENDURADO NOS MEUS OLHOS ENXUTOS DE ESCUTAR AS DISTÂNCIAS
SOZINHAS, CALMOSAS DE OURO, É UMA DAS PÁTRIAS DE TODOS OS UNIVERSOS HUMANOS QUE
EM MIM SE DÃO E ACONTECEM EM GIIRÂNDOLAS INCENDIDAS NO FUNDO DO MEU SER TELÚRICO
ABRANGENTE, AFECTIVO E CULTURAL.
É A VOZ DOS MEUS PAIS MAIS ANTIGOS E A DOS MEUS MANOS MAIS JOVENS- É A MODA DO MEU
BERÇO DE LEITE, A LIÇÃO DA MINHA ESCOLA DE SEMPRE: ESSA MODA EMBALA-ME QUANDO DIGO
ATÉ AMANHÃ AO DIA!...
Daniel Nobre Mendes
Novembro 2014
"Temos de pensar em mecanismos de antecipação da passagem à reforma de pessoas com longas carreiras que hoje já se encontram em zonas de produtividade marginal decrescentes" Carlos Costa Governador do Banco de Portugal)
Autor de parecer invocado por Carlos Costa arrasa Banco de Portugal
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
QUESTÕES DE FAMÍLIA
Não sou muito de partilhar questões de família, mas o aparecimento do primeiro neto é uma festa que merece divulgação.
ALENTEJO
Alentejo
Terra parida,
Num parto repousado,
Por não sei que matrona natureza
De ventre desmedido,
Olho, pasmado,
A tua imensidade.
Um corpo nu, em lume ou regelado,
Que tem o rosto da serenidade.
MIGUEL TORGA
Terra parida,
Num parto repousado,
Por não sei que matrona natureza
De ventre desmedido,
Olho, pasmado,
A tua imensidade.
Um corpo nu, em lume ou regelado,
Que tem o rosto da serenidade.
MIGUEL TORGA
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
DE OUTROS
«Mal Sócrates foi preso começou o ataque à justiça, como se o problema fosse esse e não o facto extraordinário de existir um ex-PM acusado de corrupção e branqueamento de capitais.»
Joana Amaral Dias
CM
NEM PRECISAVA DIZER...
Eu almoço com quem quero. Simpatizo com José Sócrates, como tenho com outras pessoas. Não nego as simpatias que tenho”, explicou Pinto Monteiro.
Observador
DE OUTROS
A DETENÇÃO DE SÓCRATES É UM CASO POLÍTICO
1. Os políticos encontraram rapidamente a fórmula para evitar comentar a detenção de José Sócrates e as acusações que impendem sobre ele de branqueamento de capitais, fraude fiscal e corrupção. Invocando a “separação de poderes”, todos acharam por bem repetir que “à justiça cabe o que é da justiça e à política o que é da política”, não fazer comentários sobre este caso específico e fazer votos de que a justiça siga o seu curso sem perturbações.
A contenção é de louvar, até porque não se conhecem ainda as acusações concretas, muito menos os indícios que levaram o Ministério Público a acusar o ex-primeiro-ministro e menos ainda a eventual defesa de Sócrates. Mas há uma coisa que é inegável: este caso pertence à política, é muito mais um caso político do que um caso judicial e está a ter e vai ter um impacto político considerável. Não porque José Sócrates seja um político e um ex-governante ou um ex-primeiro-ministro. Se Sócrates fosse acusado de violência doméstica ou de contrabando de droga, essas acusações poderiam ser absolutamente independentes da sua acção política. Mas a acusação que é feita a Sócrates é de corrupção no exercício de cargos políticos — as outras acusações decorrem desta — e nada poderia ser mais político do que isso.
Uma das razões para tentar separar a política deste caso judicial é o desejo de proteger o mal-afamado nome da política. Mas, por esta ordem de ideias, qualquer crime cometido por um político no exercício de funções políticas, através de instrumentos a que tivesse acesso na sua qualidade de político, fossem quais fossem os prejuízos causados em bens públicos, nunca seria da ordem da política porque, sendo um crime, seria da ordem da justiça. O raciocínio sugere uma ideia imaculada da política e não faz sentido.
José Vítor Malheiro
Público
NÚMEROS PARA UM CONGRESSO ONDE AS VASSOURAS PODEM TER PAPEL DETERMINANTE
Votos em Manuel Alegre
(Concorrendo com Mário Soares e sem o apoio de Sócrates)
1 138 297
Votos em Manuel Alegre
(Sem a concorrência de Mário Soares e com o apoio de Sócrates)
832.637
(Concorrendo com Mário Soares e sem o apoio de Sócrates)
1 138 297
Votos em Manuel Alegre
(Sem a concorrência de Mário Soares e com o apoio de Sócrates)
832.637
terça-feira, 25 de novembro de 2014
CIDADANIA
Não quero uma República de juízes. Quero uma República de cidadãos com a Justiça a actuar com coragem e de olhos abertos. Não com uma Justiça a fazer de ceguinha, agarrada à bengala e com o poder político/financeiro a servir-lhe de cão-guia.
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
PEC 4
O ex-primeiro-ministro, acusado de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção, fica a preso preventivamente.
A mesma medida de coação foi aplicada ao seu motorista, João Perna, a quem a acusação acrescentou o crime de posse de arma proibida, além dos referidos crimes.
Carlos Santos Silva, empresário apontado como amigo de longa data de José Sócrates, fica igualmente em prisão preventiva.
Já Gonçalo Pereira, advogado de uma das empresas de Carlos Santos Silva, sai em liberdade mas fica proibido de contactar os outros arguidos, de se ausentar para o estrangeiro e com a obrigação de se apresentar apresentação bisemanalmente às autoridades.
DN
VIAGENS & LITERATURA
Pinto Monteiro. "Almoço com Sócrates foi inocente: falámos de viagens, ele tinha um livro para me oferecer"
EXPRESSO
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