5 de Outubro. Comemorações da Implantanção da República sem público
A magistratura de influência deve ser exercida em privado com os partidos políticos e não através de declarações aos jornalistas, defendem Conceição Pequito e Jorge Bacelar Gouveia.
Público
A manifestação promovida pelo Chega no dia 29 de setembro é, pois, um caso, a meu ver inequívoco, de instanciação destes crimes. A atividade intensa de alguns deputados do Chega nas redes sociais, com principal destaque para Pedro Frazão e Rita Matias, tem todas as características que cabem, salvo melhor opinião, na definição destes crimes. Não estamos no domínio da simples opinião ou da liberdade de expressão. Estamos no enquadramento cristalino da definição destes crimes inscrita no Código Penal."
João Costa
Expresso
André Ventura já afirmou, com a sua habitual grandiloquência, que Deus lhe confiou a missão de salvar Portugal. Mas a pergunta que permanece é: que Portugal? Para o Chega, a pátria é um conceito oco, uma bandeira agitada em direções nostálgicas, mas que ignora a História que diz defender. O Chega, enquanto partido de extrema-direita alimentado pela herança racista do colonialismo, repete os gestos históricos do Estado Novo — só que agora com uma perversão moderna: a total exclusão do Outro. Ventura invoca Salazar como quem invoca um santo padroeiro, mas o seu nacionalismo é tão raso e medíocre que nem Salazar o reconheceria.
(...)
O que Ventura oferece é uma caricatura. O seu nacionalismo é uma versão barata do salazarismo. Enquanto Salazar se apropriava do mundo, Ventura quer enjaular Portugal numa caixa de preconceitos, isolado de tudo e de todos. E, no fim, o que resta é uma traição à ideia de nação que jura, aos seus eleitores, defender.
Maria Castello Branco (Expresso)
"Deportação, “remigração”, “nem mais um, nem mais um, nem mais um” – foi isso que ouvimos neste domingo, entre a Almirante Reis e o Rossio, em Lisboa, quando milhares de pessoas seguiram o oportunismo do Chega e fizeram eco das palavras de ordem anti-imigração e pela reconstrução de Portugal.
(...)
"Nestes tempos em que Hitler é uma tendência no TikTok, e em que os neonazis tentam torná-lo uma figura simpática, com vídeos gerados por inteligência artificial, é possível ser-se racista e xenófobo sem merecer qualquer condenação social ou política. Quem diria que um dia o discurso anti-imigração mais boçal seria eleitoralista?"Sábado
Partido da Liberdade conseguiu 29,1% dos votos segundo as primeiras projeções.CM