Em tempos não muito remotos, o candidato Vieira prometeu a construção de um joelhódromo de Lisboa a Fátima, se ganhasse as eleições presidenciais. Para mal dos nossos pecados, os portugueses elegeram um comentadeiro televisivo e chefe de claque da selecção nacional. Foi pena. Ficámos com o Marcelo, sem Vieira e sem joelhódromo.
Há que reconhecer, contudo, que o candidato Vieira cometeu um lamentável erro estratégico: se tivesse prometido um joelhódromo Caminha-Fátima, com passagem por Salamanca, para lhe dar um ar transfronteiriço, o resultado das eleições seria o mesmo e o joelhódromo não seria construído, mas ele teria recebido trezentos mil euros de adiantamento, o que lhe poderia ter financiado uma campanha eleitoral digna de um candidato a venerando chefe de Estado.