Vivas a Salazar, elogios à PIDE (“uma das melhores polícias do mundo”) ou críticas a Aristides Sousa Mendes (um “agiota de judeus”). Os comentários encontram-se em publicações, mais antigas ou mais recentes, feitas - e ainda disponíveis - no Facebook de Abel Matos Santos, dirigente nacional do CDS que passou a fazer, com a eleição de Francisco Rodrigues dos Santos, parte da Comissão Executiva do CDS. Questionado pelo Expresso, Matos Santos diz que as afirmações tiveram, “como tudo nas nossas vidas, o seu momento e o seu contexto”.
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As referências a Salazar continuam, alguns anos depois. A 27 de julho de 2015, a acompanhar um link da TSF que já não se encontra online (“O que fazer com a memória de um ditador?”), o dirigente do CDS elogia vigorosamente o ditador português: “Viva Salazar! E ele vive mesmo! Façam o que fizerem, mudem o nome da ponte que ele fez, apaguem nomes de ruas, mintam sobre ele, façam o que fizerem nunca conseguirão apagar a sua memória e o seu vasto legado! Foi sem dúvida alguma um dos maiores e melhores portugueses de sempre!”. Nos comentários ao próprio post, aconselha uma das pessoas que ali escrevem a consultar o site do SIS sobre a PIDE, “uma das melhores polícias do mundo”, que só provocaria problemas “aos comunistas e àqueles que atentavam contra a segurança do Estado”, “e muito bem”. (“Quais torturas?”, pergunta de seguida, ainda sobre a PIDE).
Expresso
