Do mais recente romance de Pierre Assouline, "Retour à Séfarad", cito (e traduzo): "O historiador Henry Kamen nota que o país [Espanha] se construiu sobre a expulsão, o êxodo, a exclusão dos seus e não sobre o acolhimento dos outros: fez-se como um país de partidas permanentes, isso puderam testemunhar os Judeus em 1492, os muçulmanos em 1609, os liberais em 1813, os escritores em 1936, os republicanos em 1939."
E, pelo que temos visto nestes últimos tempos, é lícito admitir que os catalães (ou, pelo menos, metade deles) poderiam ser os próximos nesta lista infame de exílios e prisões. Assim se concretizassem os sonhos secretos do nobre Felipe VI e do seu fiel escudeiro, o falangista Rajoy.
