segunda-feira, 10 de abril de 2017

O HOLANDÊS & OUTROS ARTISTAS

"Dijsselbloem é uma personagem de um período negro da história europeia recente em que governantes de vários países falam com demasiado à vontade sobre os outros países seus aliados o que, digamos, é pelo menos pouco diplomático. Schäuble, Cavaco Silva e Passos Coelho, por exemplo, falaram sobre a Grécia, em moldes inaceitáveis pelas regras tradicionais de reserva e prudência, e dirigentes polacos, e checos fizeram a mesma coisa sobre outros países da sua “união” europeia, incluindo Portugal. Isto quanto à forma da boa educação internacional. Já o facto de Djisselbloem ter dito o que disse, no quadro da política de “ajustamento” que ele, como polícia de Schäuble no Eurogrupo, patrulhou, já tem um claro significado político. Do ponto de vista da gravidade das suas declarações, a história dos copos e das mulheres com que no Sul se esbanja o dinheiro à custa dos trabalhadores do Norte, é menos relevante do que as acções que o Eurogrupo sob sua direcção patrocinou via troika, com bastante aplauso interno."

J. Pacheco Pereira
Público