quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O PAGAMENTO DOS 'SERVICINHOS'...


CGD financiou indevidamente um director acusado de vigilância ilícita

O director do Gabinete de Prevenção e Segurança (GPS) da CGD, Nuno Bento, recebeu, em 2011, um financiamento do banco de 800 mil euros, quando o Acordo de Empresa estabelece o limite máximo de 210.409,8 euros, sendo que metade do crédito dado foi a custo zero (sem spread).
O líder sindical do grupo, João Lopes, diz que se está perante "uma situação de protecção de privilégio" e que "há hoje na CGD interrogações, no domínio dos meios telefónicos e de vídeo vigilância".

Nuno Bento é alvo de denúncias sobre alegados actos de vigilância ilícita a trabalhadores e, há cerca de um mês, foi constituído arguido no quadro de um inquérito judicial. Em 2005, Bento foi nomeado director do GPS, por indicação de Armando Vara, que assumira funções nesse ano. Vara decidiu, então, recuperar o GPS desactivado em 2000, após uma auditoria interna à actividade do departamento, e cujas conclusões foram demolidoras: existência de "gravações de conversas e escutas telefónicas internas" ilícitas a trabalhadores. O documento seria conhecido apenas em 2011. 
Público