Disse o chefe do governo Cheg-AD, com uma dose de hipocrisia inversamente proporcional à sua pequenez política, que a tragédia do elevador da Glória não deve ser "usada para alimentar divisões ou manobras de aproveitamento político". E para unir os portugueses neste momento de luto, com os corpos das vítimas ainda quentes, lá foi ele, no meio de uma comitiva que integrava o pior presidente da II República, o xerife de Lisboa e mais um adereço que faz de ministro dos Negócios Estrangeiros, à missa na igreja de S. Domingos.
Obviamente que não se tratou de uma manobra política e, até, ideológica. Foi apenas uma manifestação religiosa de crentes (falsos ou verdadeiros) que aceitam com resignação os desígnios do Altíssimo, e até Lhe agradecem. E quem disser o contrário, ou apenas o insinuar, não passa de um depravado que já tem lugar reservado para a eternidade no condomínio do Diabo.