Não se conhece com exatidão a dimensão do Porajmos, o genocídio dos sintis e romas durante o regime nazi. Estima-se que tenha culminado no assassínio de até 500 mil pessoas em toda a Europa. Estas pessoas foram sistematicamente privadas de direitos, deportadas, exterminadas. Nos campos de concentração de Dachau e Flossenburg centenas sofreram em condições desumanas.
Durante décadas, o extermínio dos sintis e romas foi tratado como uma nota de rodapé da História. Uma tragédia menor numa tragédia maior. O anticiganismo persistiu após a guerra, dificultando o reconhecimento das vítimas e a sua integração na narrativa oficial do Holocausto. Só em 1982 a Alemanha, através do chanceler Helmut Schmidt, reconheceu oficialmente o genocídio dos sintis e romas como “genocídio por motivos raciais”.
Teresa Violante
Expresso
