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Não houve, fora dos PowerPoint e dos pacotes, teste em que Luís Montenegro tenha passado. Falhou em todos os momentos críticos e decisivos, incluindo os mais previsíveis. Falhou nos períodos tradicionalmente difíceis para as urgências. Falhou na resposta à crise aguda da habitação, que se agravou com as medidas implementadas pelo Governo. Parece encaminhar-se para falhar nas contas públicas, sem que nenhuma melhoria no funcionamento do Estado o pareça justificar. E falhou na reação aos fogos, independentemente das condições estruturais, que não vão mudar. Por ter falhado em tudo é que andamos há meses a falar de imigrantes. Espanta-me que a culpa dos incêndios também não seja deles.
Daniel Oliveira (Expresso)