O título é o que se vê, mas o corpo da notícia é mais específico:
Os dados do estudo mostram que, no segundo trimestre, os portugueses compraram mais 1% de artigos do cabaz de IVA zero, mas gastaram, em média, 4% menos. Em contrapartida, as suas compras de produtos não abrangidos pelo IVA zero cresceram 6% em volume e 2,8% em valor médio.
As categorias mais beneficiadas são as cervejas, os produtos para a roupa e limpeza da casa, mas também o marisco fresco e a pastelaria.
Ora, omitindo 'os produtos para a roupa e limpeza da casa' e a 'pastelaria', o título parece confirmar a teoria nacional-porquista segundo a qual os pobres são especialistas em esbanjar o dinheiro de subsídios e outros caridosos benefícios financeiros em produtos supérfluos.
Provavelmente, se os supermercados vendessem, para além do álcool, tabaco e drogas, o título bem podia ser a citação integral de um famoso grunhido emitido recentemente por um conhecido dirigente político de extrema-direita.
