sábado, 4 de fevereiro de 2023

DE MARCHA EM MARCHA ATÉ À MARCHA FÚNEBRE


 Depois da prestação de brilhantes serviços, em cargo de grande responsabilidade, no governo de Indignidade Nacional chefiado pela troika Passos-Relvas-Portas, o tal governo que teve como lemas 'Para Além da Troika' e 'Temos de Empobrecer!', Carlos Moedas foi recompensado com uma nomeação para a Comissão Europeia onde estagiou cinco cinzentos anos.

Regressado à Piolheira, sem brilho nem glória, eis o inefável Moedas, irrequieto, a disputar um lugar ao sol no meio da mediocridade geral do exército laranjique. Com êxito. Sem grande fezada, comprou uma raspadinha na Casa da Sorte e, com a preciosa ajuda da Guida do Frágil e do seu amigo Medina, saiu-lhe, vinda do céu aos trambolhões, a Câmara Municipal de Lisboa, onde entrou triunfalmente, com jeitos de solenidade que iam do garnisé vaidoso ao Napoleão Bonaparte à paisana.

Num ano de mandato, na sua actividade como alcaide da capital, tem dado nas vistas como adereço do presidente Sousa, como fuzileiro naval de aviário, nas cheias de Lisboa, e como organizador de marchas - as marchas de santo António, a marcha do orgulho da pobreza e, finalmente, a marcha dos jovens católicos pelas ruas e altares da capital do defunto império.

E assim temos o marchante Moedas, de marcha em marcha até à marcha fúnebre que há de coroar a sua fulgurante carreira política. Venha a música!