Depois de atitude tão compreensiva com a padralhada e bispalhada que, durante décadas, se dedicou aos abusos sexuais de crianças e jovens, e que a todos pareceu uma tentativa de branqueamento, o presidente Sousa, numa atitude que prefigura abuso de poder e coacção, resolveu dar um sermão a uma ministra, numa cerimónia pública. Inédito, vergonhoso, inadmissível, mesmo para quem, como é o meu caso, não nutre a menor simpatia pelo governo da troika do Rato.
Depois de tanta verborreia, bem podia o beato Marcelo vestir os hábitos de monge cartuxo e dedicar-se ao silêncio e à contemplação. Seria um alívio para todos.