segunda-feira, 21 de novembro de 2022

O COSTA DO CASTELO, O COSTA DE S. BENTO E O COSTA DO BANCO

Vão longe os tempos em que - pobretes, mas alegretes - tínhamos o 'Costa do Castelo', comédia de inspiração antónio-ferroana para divertir labregos, e éramos felizes.
Agora, com três Costas pelo preço de dois, como nas promoções de comércio a retalho para combater a inflação galopante, estamos fod..., quer dizer, lixados - temos uma tragi-comédia de inspiração zédu-santosiana para entreter otários. 
O guião é simples: tudo começa na redacção de um jornal da extrema-direita caviar e acaba numa sala de audiências de um tribunal criminal: Costa (Carlos) foi para o Banco de Portugal pela mão de Sócrates e aí foi confirmado pelo Pedro (Laval) Passos Coelho, e fica dito o essencial. O outro Costa, o António, imita a Ivone Silva no 'sketch' da Olívia patroa e da Olívia empregada, e por isso vale por dois: às segundas, quartas e sextas faz de primeiro-ministro; às terças, quintas e sábados faz de chefe da oposição e, qual 'sniper' vesgo, enche de balas os pezinhos do chefe do governo, e fica dito o essencial. Quando os detergentes já não chegam para lavar tantos kwanzas e o mau cheiro chega ao BCE, a tensão entre os protagonistas aumenta e a ruptura é inevitável. Como banda sonora, as gargalhadas que nos chegam de Luanda. Fim. 
Foram-se o António Silva e o Curado Ribeiro, entraram os Costas no 'plateau'. Bendita pátria que tais comediantes tem.