segunda-feira, 6 de junho de 2022

UMA DERROTA DO FASCISMO


Frescos de Júlio Pomar no Batalha resistiram à tinta da censura da PIDE e foram agora postos em liberdade

Chegou a pensar-se que estariam perdidos para sempre. Primeiro foi a censura que quis escondê-los. Depois, o tempo encarregou-se de os ocultar durante décadas — ainda que a memória tivesse tratado de preservar aquela que é uma das obras mais emblemáticas de um nome maior do panorama artístico português. Mas eis que, ao fim de 75 anos, os frescos que Júlio Pomar (1926–2018) gravou nos anos 1940 no Batalha, que a PIDE decidiu esconder, ressurgiram depois de eliminadas sete camadas de tinta das paredes do cinema, que está a meses de reabrir as portas ao público. Os murais foram finalmente descobertos e, desta vez, é seguro dizer que estão num estado que permite a sua recuperação.

Público