Quando se fala dos grandes figurões da lixeira futebolística, frequentemente se referem as 'guardas pretorianas' constituídas pelos mercenários das claques - ladrões, traficantes de droga e armas, e até assassinos - que os protegem, mas nunca se aponta o dedo a outros servidores (jornalistas e comentadores) que, na comunicação social, se dedicam ou dedicaram a operações de branqueamento da imagem dos grandes líderes. E a estes bem poderíamos acrescentar as 'elites' políticas que, durante décadas, tiveram lugar cativo nos camarotes presidenciais dos estádios do Dragão, Luz, Alvalade e pertenceram a 'comissões de honra' dos pintos da costa, dos filipes vieiras, dos brunos de carvalho e de outra escória menor espalhada um pouco por todo o país.
Num momento em que, finalmente!, a Justiça parece disposta a mexer no pote das mixórdias futeboleiras, é bom recordar que os mixordeiros tiveram cúmplices por acção e por omissão. E não foram poucos.
