domingo, 23 de agosto de 2020

VIVA A LIBERDADE

Zurzida dia a dia, sempre,  anos inteiros,
Caminha e vai de rosto erguido e teima
Mas nunca aceita como atroz lástima
Esse chicote que da mão dos embusteiros

Lhe bate, a Liberdade desses baderneiros
Ri, resiste e vai em frente, magnânima
Nunca perde ou baixa a auto-estima
Ante embriagados, reles taberneiros!

Há quarenta e seis anos, foi em Abril,
Rasgou a barriga prenha de um cravo
E fez de um povo triste, quase escravo,

Livre; em plena Primavera houve beijos mil,
Mulheres, crianças, homens mais felizes
Bordou a liberdade, pintora de matizes!

                                                                                      AGOSTO  2020
                                                                             Daniel Nobre Mendes