quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

JORNALISMO PUTATIVO

O TÍTULO:

EDP dá luz aos deputados num contrato de 2 milhões de euros


A NOTÍCIA:

A Assembleia da República, que era até setembro abastecida de eletricidade pela Galp, firmou um contrato de até três anos com a EDP Comercial, após um concurso onde participaram outros seis concorrentes

A CRETINICE:

O Parlamento viveu entre 2018 e 2019 animados debates em torno das rendas excessivas das empresas de energia, com um especial enfoque nas remunerações garantidas da EDP, que ocupou longas horas de audições na comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade. Uma das mais longas audições foi a do presidente executivo da EDP, António Mexia. Pois é agora com o serviço da EDP Comercial que a Assembleia da República irá contar para dar luz às longas horas de audições e debates que os deputados manterão nas próximas sessões legislativas.

O texto é da autoria de Miguel Prado e foi publicado no 'Expresso'. Nele sobressai, para além da grosseira manipulação do título, a insinuada incoerência do Parlamento ao assinar um contrato com uma empresa que, de acordo com a opinião de alguns deputados, manifestada em anteriores debates, é beneficiária de rendas excessivas. Para ser coerente, a Assembleia da República deveria mandar cortar a luz. É isso, não é, ó Prado?