terça-feira, 17 de dezembro de 2019

O ESTADO DAS ARTES

O mundo da arte está cheio de tragédias como a de José Lopes
Atores não têm contratos regulares, apoios são escassos e o orgulho leva-os a passar o limite da sobrevivência. Há mais vidas como a de Zé, o artista que morreu na rua
Há atores pagos em géneros, alguns recebem livros em vez de ordenado. O trabalho não é permanente. Trabalha-se três meses e está-se outros três no desemprego. Quase não há contratos de trabalho. A relação com a entidade patronal existe através de um recibo verde, uma prestação de serviço e mais nada. Os artistas não têm um regime de contratação que os enquadre na Lei Geral do Trabalho. Fazem biscates e aceitam trabalhos em restaurantes e lojas, apostam nos projetos de bilheteira. No fim, não há perspetiva de futuro e pode-se até não sobreviver.

Alexandra Carita e Marta Gonçalves
Expresso