Mas percebe-se que os oportunistas à direita pipoquem com a menor oportunidade de apontar o dedo financeiro à esquerda. É que, de facto, não têm muitas oportunidades de o fazer. Os crimes financeiros de políticos são quase um exclusivo de PS, PSD e CDS, a tal ponto que já dificilmente ocorreria uma demissão por razões éticas, dentro de algum destes partidos. Se um partido está a braços com casos de corrupção activa e passiva, branqueamento de capitais, fraude fiscal, abuso de poder, peculato de uso, burla, extorsão ou falsificação de documentos, como tem acontecido com PS ou PSD ou CDS, e se os prevaricadores continuam a mentir até depois da cadeia, como imaginar que se demitam quando nem sequer cometem ilegalidades?
O PSD “exigir” a demissão de Robles é patético. Mas o Bloco, e outra esquerda, não podem deixar de fazer o que há a fazer por o PSD achar que retira dividendos disso. Primeiro, não retira. E segundo, era o que faltava. A esquerda não pode ficar refém da direita a esse
Alexandra Lucas Coelho
Sapo
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