quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

O MELHOR DO JORNAL DAS MERCEARIAS CONTINENTE EM 2017

O jornal das mercearias Continente, agora dirigido pelo ex-assessor de Durão Barroso, publicou "O melhor do Público em 2017".
Certamente por lapso, esqueceu-se de elencar (bonita palavra) o saneamento de colunistas refractários do exército de salvação belmiro-paSSos-dinisista.
Recordemos:
A minha colaboração com o Público termina este mês, por iniciativa da actual direcção, de David Dinis. Estou no jornal desde a sua fundação. Saí dos quadros da empresa em 2013, por minha decisão, mas mantive um acordo de colaboração regular. Chega agora ao fim uma intensa e fecunda relação de 27 anos, no mesmo momento em que são dispensados do jornal nomes tão fundamentais da imprensa portuguesa como Alexandra Lucas Coelho e José Vítor Malheiros. 
Continuarei a fazer reportagem, a escrever e a publicar onde quer que o Jornalismo seja valorizado.
O recém-empossado director do “Público”, David Dinis, propôs reduzir a minha crónica semanal a mensal e cortar para metade a remuneração de cada crónica. Recusei por considerar que essa proposta esvazia o diálogo com o leitor e reduz a remuneração a algo indigno. Nenhuma outra proposta foi feita. Cumprirei, pois, o contrato que tenho até 31 de Março, e a partir daí encerra-se a minha relação de 19 anos com este jornal. Registo que isto acontece na sequência de David Dinis ter dispensado José Vítor Malheiros(link is external) e Paulo Moura(link is external), nomes fundamentais na história do “Público”, e do jornalismo português. Registo ainda o facto de os três estarmos claramente à esquerda do que é o posicionamento do recém-empossado director.
A recente dispensa de Alexandra Lucas Coelho e de Paulo Moura - dois dos melhores repórteres e dos mais originais autores da sua geração - pode ser sinal de muitas coisas quanto à orientação editorial do Público. Mas é certamente sinal de uma: a aposta na qualidade e na diversidade de pontos de vista não é um dos eixos da nova estratégia do Público.