segunda-feira, 5 de junho de 2017

O MANICÓMIO TRUMPISTA

Covfefe – o gerador de patetice

Há várias razões para achar que Donald Trump não está muito bem da cabeça.

Há várias razões para achar que ele não está muito bem da cabeça, como, aliás, vários chefes de governo europeus e do G7 suspeitaram depois de estarem três dias metidos em salas com ele. Tiveram literalmente que aturar um homem que diz que nunca se engana, e, pior ainda, que acha que nunca se engana, que nunca é responsável pelos seus actos quando eles correm mal, que está convencido que a sua própria presença induz um magnetismo de tal ordem que o torna num “negociador” genial (parece que não resultou com o conflito israelo-palestiniano), que, pela sua mera existência, gera “acontecimentos históricos” uns atrás dos outros (“vários”, disse Spicer, aconteceram na sua recente viagem), que “acerta” em tudo com “golos” atrás uns dos outros (ele usou a linguagem do basebol, mas em “futebolês” é assim) e por aí adiante. Sabemos ainda outra coisa, no contexto do “covfefe”, que é um mago com as palavras, como ele próprio afirmou na campanha eleitoral: “Escolho sempre as melhores palavras.” Disse-o numa frase em que elogiou o poder da palavra “estúpido”. Também acho que é uma palavra poderosa.
José Pacheco Pereira
Público