sábado, 14 de janeiro de 2017

TROPAS DE ELITE OU COBÓIS?

Comandos ignoraram ordem para suspender curso fatal

General mandou parar prova dos Comandos mas esta prosseguiu na manhã seguinte. Instrutores incorrem num crime de insubordinação por desobediência.
O comandante das Forças Terrestres, general Faria Menezes, ordenou a paragem dos exercícios da instrução da chamada Prova Zero, após a morte de Hugo Abreu. O chefe militar não queria que estes continuassem na manhã de 5 de Setembro, mas a ordem não foi cumprida e a prova continuou. 
De acordo com uma fonte ligada à investigação, o comandante das Forças Terrestresdirigiu-se efectivamente ao Campo de Tiro de Alcochete assim que lhe foi transmitida a informação da morte de Hugo Abreu e, no local, decidiu cancelar toda a instrução prevista para o dia seguinte o que, segundo realça numa carta entregue recentemente às autoridades judiciais, resultaria “no encerramento definitivo da Prova Zero”.
A confirmar-se toda a informação transmitida aos investigadores, os militares responsáveis pela continuação da instrução incorrem no crime de insubordinação por desobediência do Código de Justiça Militar, que prevê uma pena entre um a quatro anos de prisão, nas circunstâncias relatadas, ou seja, “em tempo de paz e em presença de militares reunidos”. Cinco oficiais e dois sargentos estão já indiciados pelo Ministério Público por crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física, um crime estritamente militar.
Público