terça-feira, 19 de abril de 2016

JARDÉIS E TIRIRICAS



Confesso que a desatenção com que sigo a vida política brasileira me levou a pensar que a eleição dos deputados Jardel e Tiririca tinham sido acidentes de percurso, daqueles com que a História sempre nos vai surpreendendo. Os brasileiros tinham o Jardel e o Tiririca como nós tínhamos o José Manuel Coelho e o Alberto João Jardim. Coisas que acontecem, enfim.
Porém, ao ouvir, no domingo, as declarações de voto dos deputados brasileiros, sobre a destituição da presidente Dilma, concluí que, afinal, a representação política no Brasil está entregue a um bando de jardéis e tiriricas. De todos os que ouvi, e foram muitos, nem um se aproveitava. Ao pé daquilo, o Tino de Rans, o Ninja de Gaia, o Coelho e o Jardim do Funchal, o Relvas dótor, o Pedro de Massamá, e até o outro de Boliqueime formariam um grupo de elite.
Dizia De Gaulle, há muitos anos, que o Brasil não era um país sério. Tinha razão, tem razão!, o Brasil não é um país sério. E não é só pelo mensalão, pelo petrolão, pelo lava jato. É que só um país que não é sério pode ter uma 'classe política' como aquela.