Apresento as minhas condolências à família, ao Francisco Assis e aos rapazes do 'Observador'.
Ontem, no 'Público', Assis, o próprio, indignado com a Esquerda, como convém, esclarece-nos: Estava eu tranquilamente a reler algumas páginas de um dos livros de Glucksmann quando, de súbito, aparece na televisão a imagem de alguns deputados socialistas a abraçarem o líder da CGTP na praça situada em frente à Assembleia da República.
Ora, não sendo eu nada dotado em matéria de bruxaria, como é que associei o nome de Glucksmann ao de Assis? Fácil: são ambos dados a essas coisas da Filosofia, são ambos reaccionários ferozes e ambos entendem que um governo de Esquerda é só o primeiro passo para um imenso Gulag, na França dos anos 70/80, com o muro de Berlim ali ao lado e em ambiente de guerra fria, ou em Portugal, em 2015, sem muro, sem Pacto de Varsóvia e com a NATO a exercitar-se na península de Tróia.
Coitado do Assis. O sol do verão de S. Martinho, a releitura dos 'novos filósofos' e o convívio com o reaccionário Paulo Rangel, lá no Parlamento Europeu, andam a fazer-lhe mal à cabeça.