segunda-feira, 28 de setembro de 2015

COMUNICAÇÃO SOCIAL

Titula o 'Público':



Quanto vale a palavra de um anticomunista? “Um tostão furado”, diz Jerónimo


Num almoço-comício que juntou 800 apoiantes em Alpiarça, o líder da CDU argumentou que o voto “não pode ser útil só para quem o recebe, mas também para quem o dá”.

A bárbara afirmação, digna de um Pol Pot em 'trabalho político' no Cambodja ou de um Jean-Paul Sartre sob efeito de substâncias psicotrópicas, pareceu-me estranha em ambiente eleitoral e na boca de Jerónimo de Sousa. Li a notícia para conferir e cito a jornaleira de serviço:
"Ontem [sábado] ou hoje, já não sei, Passos Coelho veio dizer ‘nós consideramos que neste momento não vamos cortar mais nos salários, nem vamos cortar mais nas pensões’. As promessas e declarações de Passos Coelho, tendo em conta o que disse no passado e fez no presente, valem tanto como um tostão furado”, disse Jerónimo entre aplausos. “Não têm credibilidade nenhuma porque mentiu quando disse que não cortava pensões e reformas e cortou, quando disse que não cortava salários e cortou, quando disse que que não atingia os mais pobres e atingiu. Então a sua palavra vale zero. Vale zero", insistiu.
Não há, pois, cabimento para a introdução da palavra 'anticomunista' no título da notícia. Por duas vezes na mesma frase Jerónimo de Sousa refere-se às aldrabices de Passos Coelho e só isso.
É deste 'jornalismo' que vale tanto como um tostão furado, aliado às 'sondagens' da Universidade Católica , que se fazem as manipulações primárias a que temos assistido nesta campanha eleitoral.