domingo, 24 de maio de 2015

DE OUTROS

Hoje a política é um espectáculo permanente. Com a omnipresença da televisão, cada frase, cada movimento precisa de ser pesado e calculado com antecedência e minúcia. Um elogio entusiástico à pessoa errada, uma “gaffe” em S. Bento, revelações despropositadas numa pretensa biografia podem arruinar  e frequentemente arruínam  a propaganda de meses. Como sucede então que o primeiro-ministro Passos Coelho, com a sua já célebre teimosia, persista em não se preparar para essa parte essencial do seu trabalho? Assessores não lhe faltam, nem lhe faltam meios. Porquê a reincidência num amadorismo destrutivo e patético? Na declaração improvisada, repetitiva e vácua? No comentário néscio? Numa biografia (Santo Deus!) que envergonha as pedras? Não leu, ninguém lha mostrou? Não faria mal a Passos Coelho levar a sua profissão a sério.
Vasco Pulido Valente
Público