terça-feira, 14 de outubro de 2014

AH, BESTUNTO PENSADOR...

Se um banco privado financia clientes (particulares ou empresas) para a privatização da Cimpor ou para o assalto ao BCP, por exemplo, avaliando mal o risco e descuidando as garantias, e depois se vê obrigado a criar provisões para crédito malparado, os seus accionistas são lesados de diversas maneiras:  na distribuição de dividendos, na perda de valor das acções da instituição, em esforço financeiro adicional para acompanhar novo aumento de capital.
Se um banco privado investe, directamente ou através de uma subsidiária de capital de risco, num negócio que corre mal, os seus accionistas são prejudicados, rigorosamente, nos termos acima descritos.
Se se tratar de um banco público, como a Caixa Geral de Depósitos, as coisas passam-se exactamente da mesma maneira. Só que, neste caso, os accionistas são todos os contribuintes.
Isto expliquei eu a um picheleiro de Santa Marta de Penaguião e ele percebeu perfeitamente.
Quem tiver paciência que tente encaixar estas evidências no bestunto desse grande filho de Boliqueime e brilhantíssimo economista de seu nome Silva, o Cavaco. Eu não o 'fazerei'!