quinta-feira, 11 de setembro de 2014

LEITURA OBRIGATÓRIA

Publicado (e proibido) em 1971, foi agora reeditado pelo "Público', na colecção 'Livros Proibidos'.
Li o livro em 1971 e conservo-o na minha estante, no cantinho das preciosidades. 
José Bação Leal foi ferido por uma mina da FRELIMO e, por politicamente suspeito, deixado morrer nos hospitais do exército colonial.
E a sua história, aliada à minha experiência pessoal de três anos nas fileiras, um dos quais em zona libertada (para o PAIGC) ou zona de intervenção do Comando-Chefe (para o exército colonial), sempre me impediram de agradecer o 25 de Abril aos que, ameaçados por um iminente banho de sangue na Guiné e um segundo já a perspectivar-se no norte de Moçambique, acharam, em boa hora, que era tempo de pôr termo à matança.
Bom, se querem que agradeça a militares, então, agradeço ao general Humberto Delgado, ao capitão Varela Gomes (a patente de capitão aqui deixada não é inocente) e aos outros revoltosos de Beja , ao major Melo Antunes e poucos mais, porque os meus agradecimentos prioritários foram e serão sempre para os paisanos que amargaram em Caxias, Peniche e Tarrafal pela coragem que tiveram na denúncia do luso fascismo e da guerra colonial.