quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

DE OUTROS

«Tal como no tempo da Inquisição, quando a nossa elite intelectual e comercial foi expulsa por um catolicismo fundamentalista, sem cuidar dos danos para os interesses do País e do império que tal hemorragia iria causar, temos hoje um Governo que saúda a emigração forçada de dezenas de milhares de jovens licenciados, sem avaliar o que significa regredir décadas na criação de uma massa crítica capaz de imaginar e construir novas saídas para a crise nacional. O analfabetismo crónico da população portuguesa sempre foi um fator de desvantagem, tanto em relação aos países protestantes como aos católicos. Quarenta anos de democracia quase venceram esse estigma. O que não foi possível foi derrubar a iliteracia funcional de uma falsa elite, que dentro do Estado manda sem mérito para tal.»
Viriato Soromenho Marques
DN