quarta-feira, 30 de outubro de 2013

DE OUTROS

UM PONTO É TUDO

Perguntas abertas a Manuel Maria Carrilho

por FERREIRA FERNANDES 
Se me mandassem entrevistar Manuel Maria Carrilho eu ia. O escândalo agora protagonizado por Carrilho é assunto para ser falado. Mais: deve ser falado. Há é que perceber qual é o assunto, qual o escândalo. Eu julgo saber qual é, tenho lido, tenho visto as televisões. Então, eu chegava a Carrilho e perguntava-lhe o que se segue. Como é que o senhor explica dizer aos jornais que a sua mulher toma cinquenta comprimidos de medicamentos? E dizer, sempre a jornais e sem autorização dela, que ela se encheu de silicone? Que, aos 40 anos, ela queria competir com meninas de 18? Que ela cai de bêbeda? Que ela se mete na cozinha com o pai - a quem o senhor chama de alcoólico - e bebem seis garrafas? Que a mãe dela "é muito fraca e não tem estrutura psíquica"? E como se permite o senhor sugerir, de forma ligeira, que o padrasto a tentava violar? O senhor é ou não responsável (embora não único, neste caso) por uma jornalista ter lançado ontem à sua mulher e na presença do vosso filho de 9 atentos anos: "O seu marido diz que o seu padrasto a tentava violar..."? Essas eram algumas perguntas que eu poria a Carrilho. Todas elas saídas do espanto: como é possível?! O divórcio deles não me interessa, está em marcha e ponto. Agora, aquelas palavras ditas a jornais por Carrilho (não o que elas dizem, mas terem sido ditas) são o escândalo. À jornalista atrás referida, a voz quebrou-se a meio, de vergonha. A voz de Carrilho vai continuar sem ela?
DN