sexta-feira, 19 de julho de 2013

DE OUTROS


Lisboa não tem drama. Nunca teve. É faceirinha, bonitinha, mesureira, sorri, pede desculpa, canta o fado, vai à praia... Revolta-se de vez em quando, mas nela as revoluções infalivelmente ganham um lado pícaro, canhestro e, sobretudo, compincha. O mesmo que mostra nas trafulhices da banca e nos corredores do poder. Os seus dramas são de café ou de tasca, apertos do fim do mês, ânsia de parecer, fracos ingredientes para a grande ficção

J. Rentes de Carvalho
EXPRESSO
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