terça-feira, 25 de junho de 2013

MOMENTOS DIFÍCEIS NA VIDA DE UM ARTISTA

"Traidor"...



No mundo da cultura francesa, depois de Costa-Gravas, que o qualificou de "homem perigoso para a cultura europeia", um outro grande cineasta, Bertrand Tavernier, foi ainda mais violento, chamando-o "traidor" e "bastardo".
No mundo da política, assiste-se à mesma escalada verbal. O ministro da Recuperação Industrial, Arnaud Montebourg, disse, neste domingo, que Barroso é "o carburante" da extrema-direita. Barroso respondeu-lhe, ontem, acusando-o, a ele e aos "soberanistas de esquerda", de terem "exatamente o mesmo discurso que a extrema-direita".

..."Arcaico", "vira casacas"



As críticas francesas incomodam Barroso porque não vêm apenas da esquerda. Também o insuspeito e habitualmente muito calmo dirigente da direita, Alain Juppé, gaullista e ex-primeiro-ministro, chamou-lhe "arcaico" por ele atacar a excepção cultural e a diversidade cultural. Rachida Dati, igualmente da direita, ex-ministra da Justiça e eurodeputada, pediu a sua demissão acusando-o "de se deitar perante os americanos".
Na imprensa francesa, depois do mais influente jornal francês, "Le Monde", ter qualificado Durão Barroso de "camaleão", o "Liberation" de hoje diz que ele é um "talibã" da mundialização, um ambicioso "vira casacas" que "tem a espinha dobrável, o que lhe vale aliás o desprezo sólido da chanceler alemã, Angela Merkel".
EXPRESSO