domingo, 28 de abril de 2013

MPLA - Movimeno do da Ponte para Luanda e Arredores


RTP: contagem decrescente para o colapso?

Para aparecer nos jornais (o seu desporto favorito) e impressionar o Governo, o presidente da RTP fez um plano em que prometia mais audiência, publicidade e um "funil" de inovação. Essa foi a demagogia. E os factos?
A RTP 2 está em 2% de share. Também a RTP 1 vai desaparecendo. Por ter programas com interesse público? Não. Por navegar à vista. Por estar paralisada, sem rumo, desmoralizada. Por fazer o contrário do prometido. O presidente anda em festas e entrevistas, em promoção pessoal. Do ilegal "director-geral", responsável pela total ausência de estratégia, não sai uma ideia. Apresentado como sucesso, o programa de rescisões amigáveis foram 207 consultas, não rescisões – e, entretanto, a RTP contrata um correspondente externo para Timor sem abrir concurso interno. A Direcção de Marketing (a única que interessa ao presidente), já com 36 pessoas, continua a crescer. E a RTP Meios foi aumentada ao ponto de se tornar impraticável. Para impedir críticas do provedor do espectador, a RTP não lhe renova o contrato e prepara-se para contratar alguém que fez parte durante décadas do "sistema" da empresa (e identificado com o PSD). Alguém acreditará na sua independência?
Nas rádios, o director de programas, Rui Pêgo, não faz reuniões com equipas há sete anos. A programação de TV não existe. O "director-geral" e os directores de programas e de informação não estão à altura. Em vez de interesse público, a RTP afunda-se em populismo, programas-dinossauros, repetições. Recorre desesperadamente às telenovelas: três por dia na RTP 1 (‘Éramos Seis’, ‘Sinais de Vida’, e ‘Windeck’, esta produzida pelo filho do presidente angolano e aceite a custo zero pela RTP).
Eduardo Cintra Torres
CM