segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

OS SOBAS DO MPLA ESTÃO ZANGADOS


Jornal de Angola volta a atacar Portugal


Editorial acusa as elites "corruptas portuguesas" de se "servirem dos angolanos".
Assinado pelo seu diretor, José Ribeiro, e sob o título "Portugal e Jonas Savimbi", o texto surge em resposta à edição de sábado do semanário Expresso, que noticiou que o procurador-geral da República de Angola, João Maria Sousa, está a ser investigação em Portugal por "suspeita de fraude e branqueamento de capitais".
O diário estatal angolano salienta que, décadas depois da independência, em 1975, continuam a verificar-se "perseguições aos interesses de Angola em Portugal".
Numa referência à recente visita a Angola do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, o jornal prossegue: "Soa mal e gera muita desconfiança quando vem a Luanda um ministro do governo de Lisboa afiançar que a amizade entre Portugal e Angola continua de pé e os investimentos angolanos são 'bem-vindos' em Portugal".
"Já começamos a acreditar que isso não é sincero. Mesmo quando o portador da mensagem é Paulo Portas, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, que é líder de um partido que nunca escondeu a sua simpatia por Jonas Savimbi e que foi diretor de um jornal, O Independente, que tanta desinformação verteu para a opinião pública sobre a nossa realidade", acrescenta.
Referindo-se expressamente a Paulo Portas, o Jornal de Angola destaca que o governante português "está a ser lançado para liderar a direita portuguesa" caso a atual coligação PSD/CDS não sobreviva às dificuldades de governação.
"Hoje Paulo Portas é um grande amigo de Angola e está a ser lançado para liderar a direita portuguesa em caso de as coisas correrem mal à atual coligação, o que mostra que é possível, afinal de contas, um entendimento com Portugal, se calhar igual ao Entendimento do Luena, para que se ponha fim, de uma vez por todas, às guerras e guerrinhas portuguesas contra Angola", conclui-se o texto.
EXPRESSO

(Reconheçamos: a legislação portuguesa que determina que o PGR seja proposto pelo Governo e nomeado pelo PR precisa de ser revista. E na sua nova redacção deve constar: o PGR é proposto pelo Governo, o PR confere as vírgulas e as preposições e o Presidente de Angola nomeia e dá posse.)