Maestro Graça Moura condenado a cinco anos de pena suspensa
O maestro Miguel Graça Moura foi condenado nesta terça-feira, em Lisboa, a uma pena de cinco anos de pena suspensa por igual período de tempo e a pagar 690 mil euros à entidade gestora da Orquestra Metropolitana de Lisboa e outros 30 mil à Câmara de Lisboa. O acórdão, lido esta manhã no Campus da Justiça, determina que se parte desta verba não for paga no prazo de um ano, o maestro será obrigado a cumprir pena de prisão.
O colectivo de juízes deu como provados os crimes de peculato e falsificação de documentos de que o maestro vinha acusado. A defesa de Graça Moura já anunciou que vai recorrer do acórdão para a Relação.
Os factos remontam à década de 1990, altura em que Graça Moura fundou a Associação Música, Educação e Cultura (AMEC), instituição financiada pelo Estado e por várias autarquias e na qual acumulava vários cargos, incluindo o de maestro titular da Orquestra Metropolitana.
Em 2003, uma auditoria revelou um rol de gastos pouco compagináveis com a natureza da instituição: camisas de seda, charutos e passeios de balão, mas também vestidos, cuecas de fio dental e até um frigorífico, comprado na Tailândia.
Público