domingo, 23 de dezembro de 2012

O MUNDO CONTRA UM COELHO E UM COELHO CONTRA O MUNDO


Nações Unidas: Portugal deve renegociar já parte da dívida

Esta é a principal sugestão de um relatório que já foi entregue a todos os órgãos de soberania e aos parceiros sociais.
Artur Baptista da Silva considera ainda que, perante os efeitos do programa de ajustamento, Portugal tem todo o direito a exigir uma renegociação do memorando de entendimento.
Nas contas destes economistas das Nações Unidas, os juros que Portugal vai pagar pelos 78 mil milhões de euros do resgate são incomportáveis. Artur Baptista da Silva fala mesmo em «agiotagem».
O PNUD passou o último ano a avaliar os efeitos do programa de ajustamento na sociedade portuguesa.
Na entrevista à TSF, Artur Baptista da Silva afirma também que os resultados das medidas impostas a Portugal são assustadores.
Por outro lado, diz que a receita aplicada a Portugal é irracional, rejeitando a estratégia de desvalorização dos custos do trabalho.
Na análise ao caso português, as Nações Unidas encontraram decisões políticas que consideram duvidosas.
Artur Baptista da Silva revela um dos casos - os benefícios fiscais concedidos a empresas sediadas na zona franca da Madeira.
O economista descreve em detalhe um plano para compra de dívida soberana portuguesa dentro da área da lusofonia, em condições mais suaves do que as exigidas pela Troika.
O plano teve o patrocínio do secretário-geral das Nações Unidas, chegou a ter "luz verde" do governo brasileiro, mas acabou rejeitado por Lisboa. As nações unidas só veem uma explicação - «teimosia ideológica».
TSF