Governo, PSD e CDS calados face a críticas do jornal do regime angolano
A denúncia feita pelo diário Jornal de Angola de que existe uma campanha contra Luanda "do poder ao mais alto nível em Portugal" esbarrou num muro de silêncio do Governo e dos dois partidos que o suportam.
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Contactado pelo PÚBLICO, o gabinete do primeiro-ministro informou que o chefe do Governo estava "mergulhado" na visita de Angela Merkel. E os dois partidos que apoiam o Governo optaram por não fazer declarações sobre o assunto. Contacto idêntico foi feito junto do gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, mas sem sucesso. O assessor de Portas, Miguel Guedes, não atendeu os vários telefonemas feitos pelo PÚBLICO. E ao fim do dia, uma secretária do ministro dos Negócios Estrangeiros revelou que Paulo Portas e o seu assessor estavam a caminho do Cairo.
Também o socialista Alberto Martins, presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, mostrou-se indisponível para comentar o assunto por não ter informação suficiente e por considerar que deveria ser o Governo português a pronunciar-se sobre as denúncias feitas pelo Jornal de Angola, uma vez que a representação externa de Portugal compete ao Executivo de Passos Coelho.
Apanhado de surpresa, Jorge Braga de Macedo, responsável pelas relações internacionais no PSD, pediu que lhe fosse enviado um e-mail para se poder pronunciar sobre o tema, mas não chegou nenhuma posição do antigo ministro das Finanças.
Apesar de considerar que o assunto é da maior relevância, o vice-presidente do CDS-PP, o eurodeputado Nuno Melo, disse não estar legitimado em nome da direcção do seu partido para prestar declarações.
Também o socialista Alberto Martins, presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, mostrou-se indisponível para comentar o assunto por não ter informação suficiente e por considerar que deveria ser o Governo português a pronunciar-se sobre as denúncias feitas pelo Jornal de Angola, uma vez que a representação externa de Portugal compete ao Executivo de Passos Coelho.
Apanhado de surpresa, Jorge Braga de Macedo, responsável pelas relações internacionais no PSD, pediu que lhe fosse enviado um e-mail para se poder pronunciar sobre o tema, mas não chegou nenhuma posição do antigo ministro das Finanças.
Apesar de considerar que o assunto é da maior relevância, o vice-presidente do CDS-PP, o eurodeputado Nuno Melo, disse não estar legitimado em nome da direcção do seu partido para prestar declarações.
Público