Talvez o mais importante problema que afecta a nossa liberdade de imprensa para além da crise geral, e como parte dela, é o modo como os interesses angolanos se movem para dominar e controlar a informação em Portugal. Por isso, será muito relevante ver como é tratada a questão das investigações criminais de altos responsáveis do regime angolano, com fugas ou sem fugas, visto que isso é outro problema. O Jornal de Angola já fez asameaças do costume, com a chantagem e intimidação habitual. Agora vamos ver quem se deixa intimidar ou quem já está do outro lado, do lado dos intimidadores, ou porque foi vendido, ou porque foi comprado, ou porque já é apenas um voz do poder corrupto angolano.
A comunicação social do estado, em particular a RTP, que está presente em Angola, e jornais como o Sol, têm aqui uma prova de fogo. O Expresso e o Público, pelo menos, já a passaram com distinção, mas o editorial do Jornal de Angola não pode ficar sem resposta.
José Pacheco Pereira
Blogue Abrupto