quarta-feira, 26 de setembro de 2012

DE OUTROS


 O poderoso protesto de 15 de Setembro provou não só o descontentamento transversal e generalizado, como o aviso declarado de um poder, o das redes sociais, que revelou a natureza impetuosa da reafirmação de princípios fundamentais, e as debilidades da Imprensa actual, a qual não nos fornece o retrato do que, realmente, acontece. É impressionante a qualidade literária e jornalística de muitos blogues, e as fraquezas do texto de quase todos os jornais. A democracia de superfície provoca a aparição de uma Imprensa superficial. As pessoas de recta intenção não querem uma e detestam outra.
Foi, aliás, nas redes sociais onde o combate feroz às injustiças generalizadas mais se fez ouvir. O lado oculto, sombrio e inquietante deste Governo encontrou, na net, respostas demolidoras, colocando, sob a luz da razão e do entusiasmo crítico, a sua índole criptofascista. Creio que se desfez o mito da passividade colectiva. Simultaneamente, os partidos foram advertidos de que assim - não.
Baptista-Bastos
DN