Portugal é um negócio ou uma democracia? Para o Governo e seus satélites, Portugal é um negócio. Pese embora o escândalo TSU, o confisco de mais um salário aos trabalhadores e a sua transferência para os patrões, o que de mais grave e irreversível está a acontecer diz respeito às privatizações e aos negócios internacionais que elas propiciam. O intermediário desses negócios chama-se António Borges, um agente opaco, como todos os agentes-sombra. Não é um intermediário neutro e muito menos um zelador dos interesses nacionais. É um agente da Goldman Sachs com passaporte português. O seu negócio principal é a venda de ativos nacionais a preço de saldo, mas também está interessado em entregar à Monsanto a produção agrícola transgénica e a outras multinacionais os recursos naturais do País. Se tiver poder e oportunidade, este homem causará imenso dano a Portugal.
Boaventura Sousa Santos
VISÃO