terça-feira, 14 de agosto de 2012

AS DÍVIDAS


Stiglitz defende reestruturação das dívidas nacionais e reformas na Europa

Dívida “passou do sector privado para o público”

Stiglitz lamentou, porém, que a resposta à crise europeia tenha “representado uma má gestão da mesma e exacerbado as suas consequências e natureza”, referindo-se “às políticas de austeridade adoptadas por muitos países”.

“Quando existem pacotes de austeridade, desacelera-se a economia”, explicou o Nobel, lamentando ainda que a União Europeia não tenha tido em conta a experiência da Argentina, que testou a austeridade depois da crise de 2001, da qual saiu através de uma reforma da taxa de câmbio e reestruturação da dívida.

Os problemas, apontou, “não se devem ao sobreendividamento público”, mas porque os Governos “responderam à crise da dívida do sector privado” e a “dívida passou do sector privado para o público”.

Os governos europeus “não entenderam a crise monetária, a crise da dívida e lançaram um conjunto de políticas que vieram agravar as coisas rapidamente, incrivelmente depressa”, acrescentou.
Público